Rapper baiano Mr. Armeng vence 1º Breakout Brasil e vai gravar álbum pela Sony

O hip hop baiano fez a festa com a vitória do rapper Mr. Armeng na final do programa Breakout Brasil, exibida ontem pelo canal pago Sony Spin, às 21h. Como prêmio, ele vai gravar um álbum pela Sony, com produção de Dudu Marote (Skank, Jota Quest). E, de quebra, leva um contrato com a Day1, escritório que agencia artistas e pertence à gravadora Sony.

Armeng, que há poucos meses não tinha perspectiva alguma de uma carreira nacional, reconhece estar vivendo um sonho: “A vitória da minha banda é a vitória do hip hop baiano. E minha trajetória no programa mostra que as pessoas devem ficar atentas à cena hip hop de Salvador. Além disso, é uma vitória do Nordeste de Amaralina, bairro onde cresci”, diz o rapper de 30 anos, filho de Guiguio, ex-vocalista do Ilê Aiyê.

Para chegar ao prêmio, Armeng na etapa inicial foi um dos cinco escolhidos pelo público, deixando para trás 2,8 mil concorrentes. Ele, que participou da fase inicial com os vídeos de A Noite É Nossa e Vem Cá, foi escolhido pelo público junto com Hewie (São Paulo), Paranoika (Paraná), Cartoon e Dias de Truta (Minas Gerais). Na final, ele superou  os paranaenses.

Júri
No programa, ele teve que cumprir três provas, além da final, que foi uma apresentação para convidados, incluindo o presidente nacional da Sony. Depois da fase em que o público participou da votação, nas etapas seguintes, apenas um júri formado por profissionais da indústria musical escolhia quem permanecia no programa. Ou seja, Armeng foi avaliado e aprovado por gente tarimbada, como Marcello Lobato, empresário de Marcelo D2 e Pitty.

Quem também acompanhou os candidatos foi Dudu Marote, que produzia as músicas apresentadas por eles durante o programa. “Quando Armeng entrou no Breakout, logo notei que ele era um artista pronto. Mas fiquei preocupado porque ele tinha uma certa desvantagem em relação aos outros candidatos, em vez de ter uma banda completa, ele gravava as bases no computador. Mas ele acabou superando isso muito bem e foi um dos que me deram menos trabalho”, elogia Dudu.

Armeng também reconhece sua evolução a cada episódio e já nota uma diferença no seu som: “Eu passei a usar uma guitarra em meus shows desde que a usei em uma das provas do programa”, diz o rapper, referindo-se ao capítulo em que cada participante devia cantar uma música própria em um ritmo com o qual não tivesse intimidade. Armeng ficou com o heavy metal e se saiu muito bem.

Embora Dudu não economize elogios a Armeng, o produtor diz que não pode apostar no sucesso de ninguém, porque a música é muito imprevisível: “Se eu lhe dissesse um ano atrás que um sul-coreano (Psy) seria hoje o maior fenômeno da música pop, com certeza diriam que eu estava louco”, brinca.

Apesar de Mr. Armeng ser adepto do rap, um gênero musical em que poucos artistas brasileiros se consagram no mercado, Dudu Marote vê boas chances para o baiano: “Armeng não é só rap. Ele é Brasil e tem muitos elementos da cultura baiana”.

Aliás, Armeng faz questão de agradecer aos amigos baianos e, especialmente ao pai e à namorada, Naira, que lhe deram muito apoio. “Eles foram muito importantes em minha batalha e Max Gaggino, que dirigiu o clipe de A Noite É Nossa, também foi fundamental”. Os clipes de Armeng estão no YouTube e quem quiser (re)ver o desempenho dele na final pode assistir à reprise no Sony Spin, amanhã, às 18h.

Fonte: Correio do 24h

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