O Relatório da Crise Global de Alimentos, divulgado pela ONU nesta quarta-feira, apontou que 258 milhões de pessoas sofreram com situações de insegurança alimentar em 2022. Trata-se de uma alta de 25% em relação aos números do ano anterior. O levantamento da ONU levou em conta 58 países.
Ainda segundo o documento, 35 milhões de crianças abaixo dos cinco anos de idade sofriam com desnutrição aguda.
Em 2021, 193 milhões de pessoas viviam em situação de insegurança alimentar, de acordo com o documento. O relatório publicado nesta semana marca o quarto ano consecutivo de aumento desses números.
Populações no Afeganistão, Burkina Faso, Haiti, Nigéria, Somália, Sudão do Sul e Iêmen sofrem com condições de segurança alimentar descritas como catastróficas, sendo os piores países neste sentido com registros de mortes por desnutrição. Entre os principais motivos para a insegurança alimentar, de acordo com a ONU, estão guerras, alterações climáticas e os impactos da pandemia, ainda sentidos.
O choque provocado pela invasão russa à Ucrânia foi apontada como a principal causa na piora dos dados levantados pela organização, assim como impactos residuais da pandemia da Covid-19, atingindo 27 países e 84 milhões de pessoas.