Por Leno F. Silva
Digamos que este Junho será hiperverde no Brasil, em função da Rio + 20. O mês está apenas começando, mas promete passar muito rápido e após o encerramento do evento da ONU, muita coisa poderá mudar, ou não.
Segundo informações que ouvi no rádio, cerca de 500 atrações acontecerão na Cidade Maravilhosa. Muitas organizações vêm trabalhando há algum tempo na formatação de propostas para entregar aos Chefes de Estado, como forma de contribuir para um debate de alto nível e para que ao final desse encontro tão esperado não tenhamos apenas uma carta de boas intenções.
Depois dos vetos insuficientes efetuados pela presidente Dilma no Código Florestal, o Brasil participará acuado dos debates que pretendem construir um novo pacto para conter os riscos do aquecimento global. O cerne dessa questão está na reflexão sobre novos modelos de desenvolvimento, mais limpos e menos nocivos às questões socioambientais, bem como a uma profunda revisão nos padrões de consumo, sem esquecer que milhões de cidadãos deste mundo ainda são miseráveis e vivem em condições muito precárias, sem acesso a saúde, saneamento, renda, educação e tantos outros benefícios de qualidade.
A ex-capital desta nação continua sendo um belo cartão postal das nossas belezas naturais. Contudo, lá, sob as bênçãos do Cristo Redentor, as contradições sociais são imensas e estão muito próximas. Provavelmente no período das atividades o poder público trabalhará articuladamente para criar as condições de segurança dos milhares de visitantes oriundos de diversas partes do mundo. Investimentos pesados estão sendo realizados para garantir que tudo aconteça de acordo com os scripts .
De certa forma, a Rio + 20, guardadas as devidas proporções, será um teste para avaliar a capacidade do país em administrar enormes contingentes populacionais. Mas agora a grande prova não está na infraestrutura, que certamente atenderá grande parcela das necessidades. Está na capacidade do Brasil se perceber com a nação mais rica em biodiversidade, e que pode exercer um importante papel de liderança nesse momento histórico para a construção de um mundo mais equilibrado, mais justo, sem degradação do meio ambiente e mais feliz.
O nosso Cristo Redentor continuará de braços abertos para receber a todos os que vierem com essa visão. E ele prometeu sorrir e bater palmas se no encerramento do evento for inaugurado um novo marco nos processos de decisões em prol da preservação da espécie humana. Por aqui, fico. Até a próxima.
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