Santos cria Comissão da Paz para evitar a violência e o preconceito

Documento foi assinado nesta quinta-feira (12), na Prefeitura de Santos.
Até agosto deste ano foram notificados 223 tipos de violência na cidade.

O prefeito de Santos e o secretário de Defesa da Cidadania da cidade assinaram, nesta quinta-feira (12), o documento para a criação de uma Comissão da Paz para evitar a violência e o preconceito.

A ideia da criação do grupo é transformar a socidade em um local mais civilizado. “Nós fizemos atos no ano passado como o Onda da Paz, o abraço na orla da praia, que contou com a participação de milhares de santistas. É cada vez mais importante estimular esse tipo de ato e difundir a cultura da paz no dia a dia da população”, afirma o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa.

De acordo com o Secretário de Defesa da Cidadania de Santos, Marcelo Del Bosco, de janeiro a agosto deste ano foram notificados 223 tipos de violência, sendo que a maioria é contra a mulher. “Nós estamos desenvolvendo um trabalho de ir nas comunidades, fazendo pequenas palestras e tentando identificar, nessas palestras, a mulher que não denuncia o agressor. Já conseguimos alguns casos importantes quando ela fica com medo de denunciar o agressor. Com o trabalho e a conversa, nós conseguimos extrair essa questão”, afirma o secretário de Defesa e Cidadania, Marcelo Del Bosco Amaral.

A Prefeitura procurou o ex-ministro da Justiça e ex-secretário nacional dos direitos humanos, José Gregori, que é presidente da comissão de Direitos Humanos da Universidade de São Paulo, para ajudar a formar a comissão de paz. Segundo ele, a educação é o principal e melhor caminho para uma sociedade mais justa. “Realmente é colocar a educação como uma prioridade absoluta e, nesse sentido, valorizar o professor, aumentar a qualidade do ensino que o professor é capaz de passar, para a gente melhorar pela base o Brasil e, hoje, melhorar pela base significa melhorar a qualidade da nossa educação”, afirmou Gregori.

A comissão terá como um dos desafios reforçar o trabalho social. E, assim, evitar qualquer tipo de violência, seja psicológica ou física. “A questão da igualdade racial, o trabalho contra o preconceito, contra a homofobia. Eu acho que esse tipo de violência, que tem assolado o país, a gente pode combater. A comissão da paz vai ser importante. É um conjunto, são as diversas secretarias do município e também pessoas da sociedade civil”, finaliza Del Bosco.

Fonte: G1

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