Jongo: Saravá Jongueiro Velho

 

O Jongo é uma prática simbólica oriunda das senzalas das fazendas de café. Transmitido e recriado de geração a geração, compõe a herança da rica ancestralidade africana, sendo considerado o “avô do samba”. Por meio de complexas elaborações poéticas, os jongueiros se comunicam em uma linguagem metafórica, somente compreensível pelos poucos iniciados. Por meio dela, nas fazendas de café coloniais, tramavam fugas, comunicavam acontecimentos, partilhavam alegrias e tristezas, sem que os “senhores” soubessem.

Carolina Bezerra Perez, com sua costumeira sensibilidade e domínio da linguagem simbólica, tece uma descrição viva dessa expressão que vem sendo cada vez mais reconhecida nos meios acadêmicos e educacionais por sua força e relevância no contexto da cultura africana e afro-brasileira. Espera-se que tais resultados possam, cada vez mais, serem integrados a situações formais de ensino através da valorização e do reconhecimento das instâncias próprias de criação e transmissão cultural das populações negras em suas contribuições específicas para uma educação compreendida, para lembrarmos Paulo Freire, como “a promoção da humanidade do homem”.

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José Abílio Perez Junior

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