Segurança pública tem de incluir combate ao racismo, afirma secretário nacional de juventude

O governo federal promete usar os dados do relatório Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade Racial 2014, divulgado nesta quinta-feira (7), no plano Juventude Viva, que tem os objetivos de reduzir a violência praticada contra jovens e aumentar a participação da União nas políticas de segurança pública. O estudo mostra que a violência contra a juventude vem aumentando no Brasil, sobretudo na população negra. O risco de um jovem negro ser assassinado no país é 2,5 vezes maior que o risco para um branco.

Do BOL 

Para reduzir os altos índices de violência contra os jovens negros, o secretário nacional de Juventude, Gabriel Medina, defende medidas de combate ao preconceito racial vinculadas à política de segurança pública. “Temos Estados em que a situação é mais grave, portanto [há] a demanda de apresentação de uma política, não só de uma política que chegue ao território, mas uma política que consiga também ter um enfoque de combate ao racismo.”

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Na opinião de Medina, a vulnerabilidade da população negra está ligada a uma questão histórica e, apesar de avanços recentes, a desigualdade ainda é estrutural. “Essas melhoras [na redução da desigualdade] não foram suficientes ainda para que a gente criasse uma igualdade entre brancos e negros. Ainda são os negros que ganham menos no mercado de trabalho, que têm menos acesso às políticas públicas e estão sujeitos a maiores dificuldades sociais encaradas no país.”

Em Estados com índices elevados de criminalidade, como Alagoas, o governo federal já firmou parcerias com o Estado para implantar o plano Juventude Viva. O secretário nacional diz, porém, que existem dificuldades no monitoramento, pois o pacto é feito com os Estados e depois com municípios. De acordo com ele, uma nova fase do programa está sendo elaborada com o objetivo de aumentar a participação do governo federal nas diretrizes de segurança pública, atribuídas principalmente aos Estados na atualidade.

“Essa fase prevê uma PEC [Proposta de Emenda à Constituição] da Segurança Pública que atribui à federação mais responsabilidades em organizar um sistema nacional que englobe toda uma estrutura nacional que corresponsabiliza o governo federal com os Estados e municípios pelo enfrentamento da violência e pela discussão de segurança pública”, disse Medina. (Com Agência Brasil)

 

 

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