Uma servidora, de 49 anos, foi afastada de suas funções por suspeita de injúria racial contra a advogada Juliana Silva, de 32 anos, durante um show do cantor Belo, em Campo Grande, no fim de semana. A decisão foi publicada no diário oficial de Ribas do Rio Pardo na manhã desta quarta-feira (6).
A servidora era lotada na Secretaria Municipal de Assistência Social como contratada para a função de agente de proteção social, segundo contrato publicado em diário oficial no dia 13 de junho deste ano. A contratação era válida por um ano e poderia ser renovada. O salário era de R$ 1.716,54.
Ao g1, Juliana relatou que estava com algumas amigas no show, quando a suspeita jogou o copo de bebida pra cima e o líquido caiu sobre ela. “Eu fiquei indignada e respirando fundo. Nesse momento a filha dela começou a gritar comigo”, contou a advogada.
Juliana contou que a suspeita falou “olha para você, guria, se enxerga” e, ao ser questionada sobre o que ela queria dizer, a mulher teria esfregado o braço fazendo menção a cor de pele da vítima.
Na segunda-feira (4), a advogada acionou a Polícia Civil e registrou boletim por injúria racial e o caso segue sendo investigado. Segundo o Código Penal, atacar uma pessoa por causa da cor da pele é injúria racial, diferente do racismo, quando a ofensa é direcionada à coletividade. A pena para ambos os crimes pode chegar a cinco anos de prisão.
A suspeita foi identificada e a reportagem tentou entrar em contato com ela, porém até a atualização desta matéria, ainda não havia obtido resposta.
Em nota, a assessoria do cantor Belo informou que não obteve conhecimento do caso e que o artista não compactua com qualquer atitude deste porte ou de qualquer outro que possa ferir a integridade física e moral de outro ser.