Sônia Guajajara vai à justiça contra Bolsonaro por crime de racismo

Sônia Guajajara (Foto: Pablo Albarenga / Mídia NINJA)

Líder indígena Sônia Guajajara repudiou a fala em que o presidente diz que “cada vez mais o índio é um ser humano igual a nós”

No Rede Brasil Atual

Sônia Guajajara (Foto: Pablo Albarenga / Mídia NINJA)

A líder indígena Sônia Guajajara, coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), anunciou que vai à Justiça contra o presidente Jair Bolsonaro por crime de racismo. Nesta quinta-feira (23), ela publicou nas redes sociais que é preciso “dar um basta” nas falas preconceituosas do presidente.

“A Apib entrará na justiça contra Jair Bolsonaro por crime de racismo. Nós, povos indígenas, originários desta terra, exigimos respeito! Bolsonaro mais uma vez rasga a Constituição ao negar nossa existência enquanto seres humanos. É preciso dar um basta à esse perverso!”, publicou Sônia.

Em uma transmissão via redes sociais realizada ontem, o presidente falou a respeito da criação do Conselho da Amazônia e afirmou que, cada vez mais, o “índio está evoluindo” e se tornando um “ser humano igual a nós”. “Com toda a certeza, o índio mudou. Está evoluindo. Cada vez mais o índio é um ser humano igual a nós. Então, fazer com que o índio cada vez mais se integre à sociedade e seja realmente dono da sua terra indígena. É isso que nós queremos aqui”, disse Bolsonaro.

A manifestação provocou outras críticas. O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) disse que a fala do presidente é “típica de um nazista”. O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) também se manifestou em seu perfil no Twitter. “Preconceituoso, racista e inaceitável este comentário do Presidente! Ele não respeita os indígenas e as suas tradições! Estimula a invasão de suas terras! O que mais falta ele falar ou fazer? Temos de rejeitar, veementemente, essas agressões!”, postou.

Já a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) afirmou que a visão do presidente em relação aos indígenas é colonialista e medieval, criando uma de hierarquia entre os povos da floresta e as pessoas da cidade. “Esse conceito atrasado é o que justifica o genocídio e o epistemicídio indígena”, disse ela.

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