Superlotação das UTIs: Fantástico mostra a situação crítica em capitais por causa da Covid-19

Esta semana o sistema público de saúde ficou mais pressionado com o aumento de internações em UTIs. O Fantástico mapeou os estados onde o sistema está mais sobrecarregado.

Do G1

Radoslav Zilinsky/Getty Images

Uma das consequências mais dramáticas da disparada de casos de Covid-19 é a lotação das UTIs. A oferta de leitos vem diminuindo dia a dia em várias capitais e, no Amazonas, os hospitais públicos já entraram em colapso. O Fantástico mostra como a pandemia está levando até o limite o sistema de saúde brasileiro.

Na quinta-feira (16), o Ceará se tornou o primeiro estado a ter ocupação total dos leitos de UTI. E a ameaça de colapso bate na porta de capitais de todo o país. Em São Paulo, pelo menos sete hospitais da cidade já estão com a capacidade de leitos de UTI acima dos 70%.

Na sexta-feira (17), o hospital Emílio Ribas, referência no tratamento de doenças infectocontagiosas chegou a ter 100% de ocupação das UTIs com pacientes de coronavírus.

No Rio de Janeiro, quatro emergências já estão sem vagas. No hospital Ronaldo Gazolla, referência no combate à Covid-19, apenas dois dos 55 leitos estavam livres, na sexta-feira (17).

O Fantástico mapeou os estados onde o sistema público de saúde está mais pressionado. No Ceará não há mais leitos de terapia intensiva vagos. O Amazonas tem uma taxa de ocupação de 88%. Em Pernambuco, 95% estão com doentes da Covid. No Rio de Janeiro, 74%. Na capital a taxa é de quase 90%. São Paulo tem 60% dos leitos de UTI ocupados levando-se em conta a rede do estado inteiro. Na Grande São Paulo, a taxa sobe pra 80%.

Um paciente grave de Covid-19 pode ficar até três semanas na UTI. É uma corrida contra o tempo: abrir novos leitos de enfermaria e de UTI, comprar equipamentos, convocar profissionais de saúde, treinar esses profissionais e dar a eles condições seguras de atender pacientes com uma doença tão contagiosa. Quando o sistema público de saúde dá sinais de saturação, os hospitais de campanha ajudam a desafogar a demanda por leitos, incluindo os de UTI. Mas com o número de doentes aumentando rapidamente, todos os dias, fica a pergunta: será que vai dar tempo?

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