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    DAVE KOTINSKYGETTY IMAGES

    Quem é Amanda Gorman, a poeta de 22 anos convidada para a posse de Biden

    Barbie de Maya Angelou || Reprodução Instagram

    Escritora e ativista Maya Angelou ganha Barbie em sua homenagem no mês da História Negra

    Anielle Franco (Foto: Bléia Campos)

    Mulheres pretas acadêmicas

    Mônica Calazans tem 54 anos e trabalha na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (Foto: Arquivo pessoal)

    Primeira a ser vacinada é mulher, negra e enfermeira do Emílio Ribas em SP

    Primeira vereadora negra eleita na Câmara de Curitiba, Carol Dartora recebeu ameaças de morte por e-mail (DIVULGAÇÃO/Imagem retirada do site El País)

    Ameaças de neonazistas a vereadoras negras e trans alarmam e expõem avanço do extremismo no Brasil

    Ingrid Silva é a primeira bailarina negra e brasileira a ser palestrante principal em Harvard

    Pesquisadoras também produziram livreto em homenagem às profissionais que atuam no combate ao coronavírus - Ilustrações: Marcelo Jean Machado

    Projeto dá visibilidade ao trabalho de cientistas negras brasileiras de forma lúdica

    Divulgação

    2º Festival Frente Feminina abre inscrições e seleciona artistas negras para residência artística virtual

    A cantora Alaíde Costa Kazuo Kajihara/ Sesc-SP

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      Imagem: Júlia Rodrigues/Divulgação

      Emicida e o direito de sermos quem somos

      Comissão ARNS (Divulgação )

      Brasil: etnocracia branca contra a maioria negra

      Aliyyah e Yasmeen Koloc/ Imagem retirada do site UOL

      Irmãs de 16 anos são alvos de racismo e sexismo no Rally Dakar; FIA repudia

      Reprodução/Facebook

      O que será dos profissionais de saúde que distorcem a ciência?

      Bianca Santana - Foto: João Benz

      “Mas morreu esse tanto de gente por covid-19 mesmo?”

      Arquivo Pessoal

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      Alicia Keys (Foto: Rob Latour/Shutterstock)

      Alicia Keys pede para Joe Biden lançar iniciativa de justiça racial nos EUA

      Enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, é a primeira brasileira a receber dose da vacina Coronavac (Foto: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação)

      “Precisa dizer que Mônica é negra?”: o racismo à brasileira e a CoronaVac 

      Em foto de 2019, Ananda Portela segura a mão da avó, internada com covid-19 Imagem: Acervo Pessoal

      Após o final do ano, a covid-19 explodiu em minha família – e no país

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      Do crente ao ateu, não faltam explicações para o racismo religioso no Brasil

      Foto: Deldebbio

      Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

      FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

      Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

      A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

      Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

      Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

      Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

      (Jonathan Alcorn/AFP/)

      Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

      Imagem: Geledes

      Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

      GettyImagesBank

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      Racismo e desigualdades: o que há de democrático na Covid-19?

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        A historiadora e militante negra Beatriz Nascimento (1942-1995), cuja vida e pensamento conduzem a narrativa do documentário 'Ôrí' (Foto: REPRODUÇÃO/ORI)

        Antes de ‘AmarElo’ de Emicida, estes documentários já contavam a trajetória do negro no Brasil

        Rainha Abla Pokou (Foto: Imagem retirada do site DW)

        Rainha Abla Pokou: Mãe do povo Baoulé da Costa do Marfim

        Jessica Ellen em foto de divulgação do single Pomba Gira (Foto: Gabriella Maria)

        Jéssica Ellen canta a Umbanda e celebra ancestralidade em ‘Macumbeira’: ‘Conexão espiritual’

        Tatiana Tibúrcio levou o prêmio APCA de Melhor Atriz por sua interpretação da doméstica Mirtes Souza, no especial 'Falas Negras' — Foto: TV Globo/Victor Pollak

        Tatiana Tibúrcio ganha o prêmio APCA de Melhor Atriz por atuação em ‘Falas Negras’

        Edneia Limeira dos Santos - Foto: Nego Júnior

        Samba Rock na Cidade de São Paulo: Uma Análise da Evolução do Gênero Desde os Anos 1970 nos Bailes Blacks, até o Registro Como Patrimônio Cultural Imaterial

        Francisco Ribeiro Eller (ou Chico Chico), 27 anos (Foto: Marina Zabenzi)

        Chicão, filho de Cássia Eller: ‘Batalha das minhas mães é parte do que sou’

        Elenco de 'Uma Noite em Miami' (Foto: Patti Perret/Amazon)

        ‘Uma Noite em Miami’: Regina King celebra o homem negro em encontro estelar

        O protagonista de "Os Intocáveis", Omar Sy, (Foto: Jordan Strauss/Invision/AP - Jordan Strauss)

        Além de Lupin: conheça a carreira de Omar Sy em 5 filmes

        O escritor nigeriano Wole Soyinka, durante visita ao Brasil em 2015 - Bruno Poletti/Folhapress

        ‘Aké’ é oportunidade de ler Wole Soyinka, um dos maiores nomes da África

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              Violência, intolerância e a falsa cordialidade dos brasileiros

              12/04/2020
              em Em Pauta
              Tempo de leitura: 10 min.

              A escritora e antropóloga Lilia Schwarcz fala sobre a conjuntura política do país e coloca em xeque a imagem de cordialidade projetada pelos brasileiros no exterior

              Por Marcelo Menna Barreto, Do Extra Classe

              Lilia Schwarcz- mulher branca, de cabelo liso que vai até a altura do ombro, usando óculos de grau e camiseta preta- sentada olhado para frente
              “A grande ideologia do branqueamento no Brasil esconde uma sociedade de privilégios muito estabelecidos. E são privilégios brancos” (Foto: Renato Parada)

              Professora titular do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP) e visitante em Princeton, a escritora e antropóloga Lilia Schwarcz declina do rótulo de historiadora mais importante da atualidade no Brasil. “Agradeço, mas não sou”, avisa a autora de Raça e Diversidade e As barbas do Imperador. Modéstia à parte, seu mais recente trabalho, Sobre o autoritarismo brasileiro (Cia. das Letras, 2019, 280 p.) foi publicado pela Princeton University Press sete meses após o lançamento no Brasil e, agora em abril, será lançado em Portugal pela Objectiva. Doutora em Antropologia e ganhadora de três edições do Prêmio Jabuti, em 1999, 2009 e 2010, Lilia recebeu também em 2010 a Ordem Nacional do Mérito Científico. Nesta entrevista exclusiva ao Extra Classe, a autora discorre sobre o mito do brasileiro no exterior, que se passa por povo cordial, tolerante, que engana aos outros e engana a si mesmo. Há uma década lecionando na Princeton University, ela relata que a imagem dos brasileiros sofreu uma regressão desde a ascensão de Jair Bolsonaro e da ‘nova direita’ brasileira à presidência. Se antes os estudantes estrangeiros vinham em busca de um Brasil exótico, atualmente procuram entender o que está acontecendo sob Bolsonaro, que na sua avaliação não é apenas um conservador. “É retrógrado”. Para a autora, ocorreu um deslocamento da representação e muitos brasileiros abandonaram a imagem de povo cordial e passaram a externar seu lado violento e intolerante.

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              Extra Classe – Em seu novo trabalho, você é categórica: a imagem do brasileiro como um povo tolerante, aberto, pacífico e acolhedor é um mito. Como chegou a essa conclusão?

              Lilia Moritz Schwarcz – Eu mostro que, enfim, os brasileiros desde sempre tentam passar essa imagem de um povo muito pacífico, avesso à violência, e o que a gente vê é que isso não é uma realidade. Basta que pensemos que o Brasil foi uma colônia durante tantos anos, depois passou a ser um Império e, de alguma maneira, assentou o poder muito vinculado às grandes elites agrárias. Grandes elites essas que controlavam todo o processo político de uma maneira muito violenta na maioria dos casos. Basta lembrar, também, que o Brasil foi o último país a abolir a escravidão mercantil. Eu não falo de outros tipos de escravidão que continuam a existir – nós sabemos – mas eu me refiro à escravidão mercantil, à escravidão de africanos, sobretudo. O Brasil só aboliu o tráfico em maio de 1888, depois de Estados Unidos, Porto Rico e Cuba.

              EC – Qual a relação entre essa perspectiva histórica e a desconstrução do mito da cordialidade do brasileiro?

              Lilia – Hoje nós sabemos que dos 12 milhões de africanos e africanas que foram obrigados a deixar o seu continente, 10 milhões pararam nas Américas, de uma forma geral, e 4,8 milhões no Brasil. Isso quer dizer que o Brasil recebeu metade dessa população. Não é possível falar em um país calmo, pacífico, com esse tipo de sistema que supõe a posse, a propriedade de uma pessoa sobre outra. Essa posse só pode ser garantida de forma violenta e, também, só deixa àqueles que são tomados como propriedade um caminho: se revoltar, organizar insurreições, todo o tipo de resistência. Hoje nós sabemos como o sistema do Brasil não foi só muito duro na manutenção da escravidão, mas, também, que os escravizados se revoltaram a todo momento e de inúmeras maneiras.

              EC – Entramos na questão da intolerância.

              Lilia – Então, não se pode ser um país tolerante porque nós herdamos e aprimoramos um racismo estrutural, um racismo institucional e o que impressiona muito no Brasil é como existia essa insistência na ideia de um povo cordial e como cada vez mais, nos dias de hoje, ocorre o contrário. Muitos brasileiros estão se manifestando e aparecendo, usando a representação de pessoas muito intolerantes. Intolerantes aos feminismos, aos novos movimentos negros, aos movimentos indígenas, aos movimentos de ecologia e de meio ambiente. O que impressionou muito quando eu escrevi esse livro é que durante muito tempo houve uma negação desse lado violento e nada cordial dos brasileiros, como também o que ocorre nessa nossa contemporaneidade é uma mudança pública na representação, com muitos brasileiros se definindo como absolutamente intolerantes

              EC – Não lhe parece que até há pouco tempo o brasileiro conseguia enganar bem, passando a imagem de povo simpático, receptivo?

              Lilia – Eu acho que sim. Não só enganamos aos outros, como enganamos a nós mesmos. Isso me impressiona. Não se trata apenas de um plano feito explicitamente para enganar os estrangeiros. Durante muito tempo os brasileiros também estavam enganados, tanto que Sérgio Buarque de Hollanda, que publicou Raízes do Brasil na década de 1930, já dizia que a cordialidade era uma espécie de superficialidade, um ponto alto de um iceberg, cuja base não tinha nada de cordialidade. Dizia que cordialidade veio de cor e que os brasileiros, de fato, sempre quiseram se definir como cordiais. Mas isso que ele falava nos anos de 1930, na verdade o que encobre? Encobre como os brasileiros misturam esferas públicas com esferas absolutamente privadas. Se nós quisermos trabalhar com um exemplo contemporâneo, nosso atual presidente usa sua rede social de forma pública e quando é criticado por conta das mensagens que envia, ele diz: ‘não, isto aqui é meu e é privado’. Esse uso pouco discriminado do público e do privado sempre foi uma realidade no Brasil; patrimonialismo sempre foi um conceito que se aplica ao Brasil. E, nesse nosso momento da força das redes virtuais, estamos falando de novos patrimonialismos. Como essas fronteiras se borram e produzem mais ‘mito’, mais violência e mais dicotomia. No nosso caso presente, mais intolerância.

              EC – O antropólogo Artur Ramos (1903-1949) chegou a cunhar o termo “Democracia Racial” para ajudar a definir um pouco o Brasil de então. Uma falácia?

              Lilia – O termo Democracia Racial foi cunhado por Artur Ramos, mas foi muito divulgado e difundido por Gilberto Freyre. Eu acho que falar em falácia do mito da Democracia Racial não corresponde à força que ele tem. Eu penso o conceito de mito não como mentira. Essa é uma falsa concepção do mito. O mito é um tipo de discurso que ganha força, continuidade, perenidade muitas vezes, por causa não do que ele esconde, mas, no caso da Democracia Racial, ele se comporta dessa maneira. Ele trata de contradições fundamentais da nossa sociedade. A escravidão foi e é uma mácula, uma marca, um problema na nossa sociabilidade contemporânea. Então, o mito da Democracia Racial tenta transformar uma situação de muita discriminação e muito racismo numa situação paradisíaca que não é. Qual é a questão e qual é a perversão do racismo que nós praticamos no Brasil? Ele combina inclusão social com imensa exclusão social, econômica, cultural, o que for. Muitas vezes as pessoas se valem desses exemplos ‘Ah, temos cantores famosos, temos jogadores de futebol famosos’, como se isso fosse um antídoto para não lidar com a realidade que é a discriminação em nível escolar – e as pesquisas vêm demonstrando; a discriminação nos índices de vida e de morte; a discriminação nos empregos; a discriminação nas instituições onde nós vemos que as posições mais altas nas hierarquias são todas ocupadas por brancos e não por negros. Então, o mito da Democracia, diferente do que você diz, não é uma falácia, é uma realidade. Ou seja, é a maneira como nós brasileiros tentamos transformar essa questão numa invisibilidade. Uma invisibilidade social. No Brasil existe uma grande ideologia do branqueamento e essa ideologia se pauta numa grande contradição – por isso a força do mito – que é não destacar que essa é uma sociedade de privilégios muito estabelecidos. E são privilégios brancos.

              EC – O fato de uma das mais conceituadas editoras acadêmicas do mundo, a Princeton University Press, resolver editar o Sobre o Autoritarismo Brasileiro sete meses após o seu lançamento no Brasil indica que essa imagem do brasileiro lá fora pode ser revertida?

              Lilia – Essa sua pergunta é muito interessante. Se isso é um dado importante, acho que é. Também a editora portuguesa Objectiva resolveu editar o livro, que sai agora em abril. Isso mostra como a imagem dos brasileiros no exterior vai sendo trincada. Um bom exemplo é o que aconteceu com o caso do assassinato de Marielle. A notícia ressoou muito no exterior. Ficou muito evidente como há questões ainda muito mal explicadas. Agora são quase dois anos da morte de Marielle e ainda estamos querendo saber quem matou. Esse tema impactou grandemente no exterior, como tem impactado grandemente uma série de medidas do nosso chefe do Planalto que tem censurado, tem intimidado, tem acusado moralmente, tem atuado contra o jornalismo, contra a academia, contra os novos agentes sociais inscritos nos discursos das minorias. Alguém que simplesmente demitiu um cientista ilibado que apenas falou a verdade, que a nossa Amazônia está ardendo e nunca existiram tantas queimadas como agora. Então, eu acho que a imagem do brasileiro, a imagem do Brasil, tem se alterado largamente nesses últimos anos. Nota: as referências são à vereadora Marielle Franco (PSol/RJ) assassinada por milicianos em 14 de março de 2018 no Rio junto com seu motorista, Anderson Gomes; e ao presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Ricardo Galvão, exonerado em agosto de 2019 por Bolsonaro por divulgar dados sobre o desmatamento da Amazônia.

              Capa do livro'Sobre o autorismo brasileiro' de Lilia Moritz
              “Essa série de ataques à nossa democracia e à nossa República precisa ser repudiada tanto no Brasil como no exterior” (Imagem: Reprodução/ Companhia das Letras)

              EC – Você tem uma grande experiência acadêmica no exterior. Realmente é perceptível essa mudança de imagem?

              Lilia – Eu dou aula em Princeton há mais de dez anos e, se antes os alunos vinham em busca de um Brasil exótico – da capoeira, do Candomblé, dos costumes cruzados, dos costumes mestiços – agora, cada vez mais, os próprios alunos vêm atrás do Brasil pra entender o que está acontecendo, o que se passa agora na nossa agenda. Vou lhe dar mais um exemplo: neste semestre, eu estou dando uma aula sobre a Amazônia na história; de que maneira a Amazônia e as suas populações apareceram desde o século 16, 17, 18, chegando até a contemporaneidade. É um curso que para os moldes de Princeton é muito grande e as pessoas, os alunos, estão muito bem informados sobre o problema da Amazônia. Eles não vão ao encontro de um curso que vai falar da Amazônia como um paraíso perdido no Brasil, portanto, como o Brasil da grande natureza. Eles estão muito preocupados com a situação atual e com a falta de medidas por parte do nosso governo. Sobretudo, estão muito preocupados com a atuação de um Ricardo Salles, que é um ministro que deveria proteger o meio ambiente, mas que claramente tem no exterior uma imagem contrária. Portanto, sim, voltando à sua pergunta anterior, a imagem do Brasil está sendo, de fato, revertida.

              EC – Essa imagem do brasileiro cordato, aberto, começou a reverter para a intolerância com a ascensão da nova direita?

              Lilia – Eu considero, sim, que a ascensão do governo Bolsonaro, que é essa ‘nova direita’, muito vinculada a uma postura do Trump foi decisiva, sim. E ela é vista aqui no exterior com muita preocupação e com muito espanto também. Por que, de fato, se trata de uma reversão de expectativas.

              Lilia Schwarcz- mulher branca, de cabelo liso que vai até a altura do ombro, usando óculos de grau e camiseta preta- em pé sorrindo
              O que temos no Brasil é um projeto de Estado que pretende reverter o que foi arduamente conquistado em 30 anos de democracia plena” (Foto: Renato Parada)

              EC – Tens recebido muitas perguntas sobre a atual conjuntura do Brasil?

              Lilia – Sim. Há muitas questões sobre o problema do environment (meio ambiente), muitas questões sobre o racismo pautadas por Marielle Franco e outras questões atuais. Muita preocupação com relação à censura: o documento que circulou no contexto da indicação do Oscar para o filme da Petra (Democracia em Vertigem) teve grande ressonância aqui nos Estados Unidos. A questão não era tanto se era preciso ser a favor ou não do filme. O fato de o presidente declarar publicamente que não havia assistido, mas que o considerava um filme de ficção. Então, esse tipo de atitude do governo Bolsonaro, aquele vídeo feito pelo secretário Nacional da Cultura, o Alvin, no qual ele de alguma forma aludia o nazismo foi visto com imensa preocupação.

              EC – Já cansou de tentar explicar (risos)?

              Lilia – Eu (risos) não me cansei de explicar. Você ri e eu também. Vejo que é o meu papel explicar, assim como eu tenho me colocado publicamente no Instagram. Cada dia eu posto uma nova notícia, informo, mas também dou a minha interpretação. Eu, como intelectual que sou, tenho visto com grande preocupação a atual conjuntura brasileira e sou partidária da ideia de que essa série de ataques à nossa democracia e à nossa República precisa ser repudiada tanto no Brasil como no exterior. Então, eu não tenho aberto mão dessa postura. Ao contrário. Eu tenho me manifestado com muita frequência tanto no Brasil como no exterior contra as atitudes desse governo, sobretudo no que se refere à censura e a tentativa regressista.

              EC – Falando em regressista, como você vê o ataque aos direitos conquistados pela sociedade?

              Lilia – Direitos nós precisamos conquistar sempre, não é? Não existe direito definitivamente conquistado, mas o que nós temos assistido no Brasil é, de fato, um projeto de Estado que pretende reverter ganhos arduamente conquistados nesses 30 anos, se não de democracia absolutamente realizada, mas de democracia plena. Esse é um governo que tem tentado reverter várias conquistas do feminismo, adotando uma postura muito conservadora, muito retrógrada, em relação a esses temas, em relação aos movimentos quilombolas, aos movimentos indígenas, enfim, um governo que tem uma postura que eu diferencio de uma postura conservadora.

              EC – Por exemplo?

              Lilia – Acho que para uma democracia funcionar bem, bons conservadores são muito importante. A democracia funciona melhor nas diferenças, no embate. O conservador é aquele que pretende conservar o status quo, mas não abre mão do diálogo. Nós estamos falando de um governo que não dialoga, de um governo que fala e depois volta atrás e se desdiz. Esse é antes um governo retrógrado, o que é muito preocupante. Eles querem fazer uma espécie de Back Last (voltar atrás) no sentido de anular conquistas que foram sendo realizadas durante esse período tão largo dessa nossa história brasileira.

              EC – Na introdução do seu livro você diz que história ajuda a produzir uma discussão mais crítica sobre o passado, presente e sonho de futuro. Qual o sonho de futuro da cidadã Lilia Schwarcz?

              Lilia – Bom… Qual é o meu sonho de futuro. Eu penso que nós precisamos de um Brasil não tão distópico, como é esse Brasil que nós estamos conhecendo. Um Brasil não tão odioso, como é esse Brasil que vai aparecendo nas falas dos ministros da Educação, das Relações Exteriores, da nossa ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Um Brasil mais amplo, um Brasil mais plural, um Brasil mais variado. Um Brasil mais utópico! Nós precisamos de mais sonhos e de menos pesadelos.

              Tags: em pautaintolerânciaPreconceitoviolência
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              • "O artigo inicia-se a partir do conceito de cultura no sentido geral, antropológico. Entre os tantos termos que são utilizados para definição de cultura. Neste artigo, cultura será analisada por meio dos próprios atores que a promovem, nas esferas sociais e políticas. Além disso, por ser o samba rock uma manifestação cultural contemporânea e em avanço, foi analisado o conceito de que para uma cultura em observação, as variáveis são muitas e estão em pleno acontecimento, construção e evolução." Leia o Guest Post de Edneia Limeira em www.geledes.org.br
              • A coluna NOSSAS HISTÓRIAS desta quarta-feira vem com a assinatura da historiadora Iracélli da Cruz Alves! O tema “Mulheres negras, política e cultura do cancelamento no Brasil republicano” é abordado no artigo e no vídeo nos quais ela oferece reflexões a partir de registros da atuação de mulheres negras integrantes do Partido Comunista Brasileiro (PCB) na década de 1940! Confira um trecho: “O que essas mulheres têm em comum? Todas eram comunistas, trabalhadoras e muito provavelmente negras, como é perceptível nas poucas imagens que até hoje encontrei. Além disso, não podemos esquecer que a classe trabalhadora brasileira tem sido majoritariamente negra, o que aumenta a probabilidade de essa pressuposição fazer sentido para os casos em que não acessei registros fotográficos. Outro ponto em comum em suas trajetórias é que todas participaram ativamente da vida política do país em meados do século XX, atuando significativamente no partido no qual escolheram militar. No entanto, foram praticamente esquecidas (ou silenciadas?) tanto pela historiografia política do Brasil quanto pelas narrativas históricas sobre o PCB. Os nomes delas, na maioria das vezes, nem sequer são citados.” Leia todo o artigo no Geledés: https://www.geledes.org.br/mulheres-negras-politica-e-cultura-do-cancelamento-no-brasil-republicano/ Veja o vídeo no Acervo Cultne: https://youtu.be/pS35-3RuNMc
              • Já que o mundo está em medida de contenção social, acredito estar diante de um dos maiores desafios que o ser humano possa receber da vida, que é o de ter a oportunidade de ficar sozinho e explorar a sua consciência, conhecer quem é essa pessoa que cohabita em meu corpo, ou seja tentar descobrir quem “eu dentro de mim”. Leia o Guest Post de Tatiane Cristina Nicomedio dos Santos em: www.geledes.org.br
              • Enfermeira Monica Calazans, primeira pessoa vacinada em território nacional
              • "Escolhi parafrasear no título do presente guest post a escritora brasileira, Conceição Evaristo, que constrói contos e poemas reveladores da condição da população negra no país. A intelectual operaciona a categoria de “escrevivência”, através de uma escrita que narra o cotidiano, as lembranças e as experiências do outro, mas sobretudo, a sua própria, propagando os sentimentos, as lutas, as alegrias e resistências de um povo cujas vozes são silenciadas." Leia o Guest Post de Ana Paula Batista da Silva Cruz em: www.geledes.org.br
              • ✊🏾 1960-1970: Grupo Palmares de Porto Alegre e a afirmação do Dia da Consciência Negra ✊🏾 Está disponível mais uma sala da Exposição “20 de Novembro - Dia Nacional da Consciência Negra” no Google Arts & Culture! Link: https://artsandculture.google.com/culturalinstitute/beta/u/4/exhibit/1960-1970-grupo-palmares-de-porto-alegre-e-a-afirma%C3%A7%C3%A3o-do-dia-da-consci%C3%AAncia-negra/tgLSJakjmcizKA 🙌🏿 Esta sala é especialmente dedicada à movimentação do Grupo Palmares em Porto Alegre, fundado em 1971, afirmando o Vinte de Novembro como Dia da Consciência Negra. Em 2021, o Vinte completa 50 anos! Conecte-se ao compromisso de ativistas negros e negras gaúchas em defesa de uma história justa sobre as lutas negras por liberdade por meio de depoimentos, fotografias, poemas, anotações, cartas, entre outros documentos. Vamos junt@s! 🖤 O material pode ser acessado em português e inglês e é mais um resultado da parceria entre a Rede de HistoriadorXs NegrXs(@historiadorxsnegrxs , Geledés Instituto da Mulher Nega e o Acervo Cultne! (@cultne) 🎉 Ao longo de todo 2021, muitas outras “Nossas Histórias” sobre vidas, lutas e saberes da gente negra serão contadas em salas de exposições virtuais!
              • "A história do indigenismo no século XIX tem importantes pontos de conexão com a história do tráfico escravista. A investigação dessas conexões permite compreender como possibilidades de branqueamento foram projetadas na nação brasileira, para além da mais conhecida: a imigração europeia ocorrida entre o último quartel do século XIX e 1930." Leia o artigo do historiador Samuel Rocha Ferreira publicado na coluna “Nossas Histórias” **A coluna “Nossas Histórias” é uma realização da Rede de Historiadoras Negras e Historiadores Negros em parceira com o Portal Geledés e o Acervo Cultne.
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