Walter Firmo

Walter Firmo Guimarães da Silva (Rio de Janeiro RJ 1937). Fotógrafo, jornalista e professor. Autodidata, inicia sua carreira como repórter fotográfico no jornal Última Hora, no Rio de Janeiro, em 1957. Em seguida, trabalha no Jornal do Brasil e integra a primeira equipe da revista Realidade, lançada em 1965. Conquista o Prêmio Esso de Reportagem, em 1963, com a matéria Cem Dias na Amazônia de Ninguém. Como correspondente da Editora Bloch, em 1967, permanece por seis meses em Nova York. A partir de 1971, atua na área de publicidade, sobretudo para a indústria fonográfica. Nessa época, conhecido por suas fotos coloridas e por retratar importantes cantores da música popular brasileira, inicia pesquisas sobre festas populares e folclore nacional. Entre 1973 e 1982, é premiado sete vezes no Concurso Internacional de Fotografia da Nikon. Fotografa para as revistas Veja e IstoÉ e, nos anos 1980, começa a expor seus trabalhos em galerias e museus. De 1986 a 1991, é diretor do Instituto Nacional de Fotografia da Fundação Nacional de Arte – Funarte. Em 1994, leciona no curso de jornalismo da Faculdade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro, e, desde então, coordena oficinas em todo o Brasil. Ganha a Bolsa de Artes do Banco Icatu, em 1998, com a qual vive durante meio ano em Paris. No fim da década de 1990, torna-se editor de fotografia da revista Caros Amigos. Entre seus livros, destacam-se Walter Firmo – Antologia Fotográfica, 1989, Paris, Parada Sobre Imagens, 2001, Rio de Janeiro Cores e Sentimentos, 2002, e Firmo, 2005.


Walter Firmo

1937 – Nasce no Rio de Janeiro Walter Firmo Guimarães da Silva, filho de Jose Baptista da Silva e Maria de

Lourdes Guimarães da Silva.

1957 – Começa como fotógrafo profissional no jornal Última Hora, no Rio de Janeiro.

1960 – Ingressa no Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro.

1963 – É vencedor do Prêmio Esso de Jornalismo pela reportagem “Cem dias na Amazônia de ninguém”, uma

série de cinco reportagens (texto e fotos) publicadas no Jornal do Brasil.

1965 – Integra-se à equipe da revista Realidade, como primeiro fotógrafo contratado para o mega projeto da

Editora Abril, em São Paulo.

1967 – É designado pela Editora Bloch para sucursal de Nova Iorque, onde permanece durante seis meses,

realizando reportagens nos Estados Unidos, México, Canadá e Caribe (Jamaica, Haiti, Santo Domingo,

San Juan de Porto Rico, Ilhas Virgens, Barbados, Martinica, Guadalupe e Curaçau).

1968 – Realiza reportagens fotográficas para a revista Manchete no Chile.

1971 – A partir deste ano, é citado no verbete “Fotografia” da Enciclopédia britânica: “Walter Firmo, importante

fotógrafo brasileiro do momento, dá seu próprio caminho como exemplo aos outros profissionais”.

1971 – Como free-lancer, realiza trabalhos publicitários e para a industria fonográfica (capa de discos para a

RCA e Odeon: Tim Maia, Djavan, Fafá de Belém, Chico Buarque e entre outros).

1971 – Depois de ter trabalhado algum tempo nos EUA, com sucesso, preferiu retornar ao Brasil, onde inicia

pesquisa fotográfica sobre festas do folclore brasileiro

1973 – Conquista o Prêmio Internacional de fotografia Nikon, categoria cor.

1973 – Juntamente com Claus Mayer e Sebastiao Barbosa, funda a agencia fotográfica Câmera Três, no Rio de

Janeiro.

1974 – Conquista o Prêmio Internacional de Fotografia Nikon, categoria cor.

1974 – Deixa a Câmera Três e vai para a sucursal da revista Veja no Rio de Janeiro.

1975 – Conquista o Prêmio Internacional de Fotografia Nikon, categoria preto-e-branco.

1976 – Conquista três prêmios no Concurso Internacional de Fotografia Nikon, categorias cor e preto-e-branco.

1978 – Conquista o Prêmio Internacional de Fotografia Nikon, categoria cor.

1979 – Cobre eventos no Equador, Peru, Bolívia, Portugal e França para a revista Tênis Esporte, de São Paulo.

1980 – Conquista o Prêmio Internacional de Fotografia Nikon, categoria cor.

1980/85 – Atua como free-lancer, fazendo capas de disco, relatórios de empresa e vendendo banco de imagens.

1982 – Juntamente com Pedro de Morais, Cafi e Miguel Rio Branco, publica “Os brasileiros”, conjunto de vinte e cinco postais fotográficos, com textos de Darcy Ribeiro.

1983 – Foi o primeiro fotógrafo brasileiro a expor no MAM / RJ, depois apenas de Henri Cartier-Bresson, com o conjunto de fotografias “Ensaio no Tempo” em comemoração aos 25 anos de carreira.

1983 – Participa da exposição coletiva “Tempo de olhar”, no Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro.

1984 – Assina a exposição, individual e itinerante, “Ensaio no Tempo” no MASP (São Paulo) e na Universidade Federal do Ceará.

1984 – Coordena a Oficina Fotográfica da lll Semana Nacional de Fotografia, em Fortaleza – Ceará, e a oficina “Como fazer uma reportagem”, no lll Colóquio Latino-Americano de Fotografia, em Havana – Cuba.

1984 – É convidado pela Kodak brasileira a visitar sua fábrica em Rochester (Nova Iorque).

1985 – Integra a equipe da sucursal do Rio de Janeiro da revista Istoé.

1985 – Premiado com o Golfinho de Ouro, pelo governo do Estado do Rio de Janeiro.

1985 – Segue a exposição “Ensaio no Tempo” para Curitiba, Havana e Cabo Verde.

1986/91 – Assume a direção do InFoto, Instituto Nacional de Fotografia da Funarte – Fundação Nacional de Arte.

1987 – Em Brasília, é nomeado Conselheiro do CNDA – Conselho Nacional do Direito Autoral.

1988 – A exposição “Ensaio no Tempo” chega a Buenos Aires (Argentina). É premiado pela revista “Ícaro”, e designado Nominator do ICP – Centro Internacional de Fotografia-, em Nova Iorque.

1989 – Assina a exposição “New York, Nova Iorque”, na Galeria Cândido Mendes, Rio de Janeiro. Dedica-se à documentação fotográfica dos costumes e festas populares das regiões brasileiras. Publica o livro

“Walter Firmo. Antologia Fotográfica”, editado pela Dazibao – Ágil.

1990 – Publica fotos no livro “Música Popular do Brasil” com edição de Beatriz Borges.

1991 – Atua como free-lancer. Assina a exposição individual “Brasil e sua gente” (cor), durante a 1a Feira de Produtos Brasileiros, Moscou (Rússia).

1992 – Trabalha como fotógrafo independente. A partir de 1989, abandona a cor e começa a fazer fotografias em preto-e-branco, inspirado pelo trabalho do fotógrafo paulista Cássio Vasconcelos e do paraibano

Antonio Augusto Fontes,que reside no Rio. Começa a lecionar fotografia dando o curso “A composição na cor”, na escola FotoRiografia, de Ivan Lima.

1993 – Assina a exposição individual “Ribeiros amazônicos” (cor), em Belém – Pará.

1994 – Professor de fotografia do curso de jornalismo na Faculdade Cândido Mendes, no Rio de Janeiro. Passa a lecionar também nos cursos de fotografia em cor e preto-e-branco da escola Foto in Cena, hoje Ateliê da Imagem, no bairro da Urca, Rio de Janeiro. Participa da exposição coletiva no Photofest, em Houston (Texas). Participa do projeto Foto in Cena, na Casa do Arquiteto, no Rio de Janeiro.

1994 – Retorna a Funarte na condição de assessor técnico da área de fotografia. Segue a exposição “Ribeiros

Amazônicos” para Porto Alegre. Assina as exposições individuais “Achados e perdidos” (cor), na Galeria Cândido Mendes, em Ipanema, e “Morte e vida segundo Walter Firmo” (preto-e-branco), no Centro Cultural da Light, ambas no Rio de Janeiro. Participa da exposição coletiva “O negro brasileiro”, na Universidade de Miami (Estados Unidos).

1995 – É curador do 1 o . Salão Finep de fotojornalismo. Deixa registradas suas mãos no concreto do Muro da Fama do Museu da Imagem e do Som, no Rio de Janeiro. Assina com Augusto Malta a exposição coletiva “Ruas do Rio de Janeiro” (cor), no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro. Segue com “Ribeiros Amazônicos” para o Centro Cultural Unibanco, em São Paulo. Participação no livro “Amazônia luz e reflexão” com organização de Angela Magalhâes e Jose Carlos Martins e editado pela Funarte.

1996 – Lança, com o jornalista Fernando Granato, o livro “Nas Trilhas do Rosa”, pela Editora Scritta. É curador do 2 o . Salão Finep de fotojornalismo. Assina as exposições individuais “Nas trilhas do Rosa” (preto-ebranco), no Centro Cultural Unibanco, e “Os sertões de Guimarães Rosas e Euclides da Cunha” (pretoe-branco), no Instituto Goethe, ambas em São Paulo.

1997 – É curador do 3 o . Salão Finep de fotojornalismo. Assina, com Angela Magalhães, a exposição coletiva “Cuba libre” (preto-e-branco), na Galeria Observatório Arte Fotográfica, em Recife, e as exposições individuais “O Brasil de Walter Firmo” (cor), na Galeria Arte Hoje, no Rio de Janeiro, e “Pixinguinha e outros batutas” na Pinacoteca do Estado, em São Paulo. Realiza “Workshops” em Belém e Recife e palestras sobre o Fazer Fotográfico em todas as capitais brasileiras – Projeto “Funarte nas Cidades”.

1998 – É curador do 4 o . Salão Finep de fotojornalismo. Recebe o Prêmio Icatu. Participa do livro “Brasil Bom de Bola” com coordenação de Ed Viggiani, pela Editora Tempo d´imagem. Fotos publicadas no livro “Mangueira a nação verde e rosa” com coordenação de Celia de Assis, pela Editora Prêmio Editorial.

1999 – Como bolsista do Banco Icatu, reside por seis meses na Cité Internacionale des Arts, no bairro do Marais, em Paris, onde assina a exposição individual “Parisgris – un oeil, deux regards, na Cité Internacionale des Arts, e realiza o workshop “Photographie à Paris”. Participa da exposição coletiva “Sagrado Coração” (preto-e-branco) na PUC, no Rio de Janeiro.

2000 – É curador do Módulo de Fotografia Contemporânea “Negro de Corpo e Alma”, na Exposição do Redescobrimento Brasil + 500 anos, no Parque Ibirapuera, São Paulo. Assina a exposição “Inéditos de Walter Firmo” na Galeria Câmara Clara, no Rio de Janeiro. Assina a exposição “Paris, parada sobre imagens” na Galeria Debret, na Embaixada Brasileira em Paris.

Lança o livro de fotografias “Paris, parada sobre imagens”, editado pelo Ministério da Cultura/Funarte, onde revela suas impressões sobre esta cidade, com exposições no Rio de Janeiro e em São Paulo. Realiza Workshops e palestras em diversas cidades brasileiras.

2002 – Realiza cursos em Salvador, Vitória e Rio de Janeiro. Publica o livro “Rio de Janeiro cores e sentimentos” pela Editora Escrituras. Assina a exposição “Paris, parada sobre imagens” em Brasília, Belém e Vitória.

2003 – Ministra cursos de férias em Salvador e Vitória. Em parceria com a Ímã Foto Galeria, realiza o curso “Universo da Cor”, em São Paulo. No Rio de Janeiro, leciona os já tradicionais “Firmo em Preto & Branco”, “Criatividade na Cor” e “Outras Estórias”. Participa da exposição coletiva “Negras Memórias, Memórias de Negros – O Imaginário luso-afro-brasileiro e Herança da Escravidão”, organizada por Emanoel Araújo, atualmente na Galeria de Arte do Sesi, no prédio da Fiesp. Realiza exposição individual “Um passeio pela nobreza” com curadoria de Mario Cohen, na Pequena Galeria 18, Rio de Janeiro.

2004 – Em janeiro viaja à Paris, na França com 15 alunos, ministra Workshop de fotografia, sob o título, “Sete Ases e um Coringa”, retratando seus ídolos: – Nadar, Lartigue, Atget, Doisneau, Brassai, Kertèsz e Bresson. No retorno ao Brasil, ainda em janeiro, integra-se ao Projeto ” São Paulo 450 anos em 24 horas”. Em fevereiro inicia cursos de férias, que são ministrados em Salvador e São Paulo.É jurado no Prêmio Porto Seguro de fotografia. Inicia cursos em São Paulo, Rio de Janeiro.Ministra vários Workshops pelo Brasil. É homenageado com o título de comendador, recebendo o prêmio em Brasília, das mãos do Presidente Luis Inácio Lula da Silva e do Ministro da Cultura, Gilberto Gil.

2005 – Janeiro – Inicia o ano fazendo uma viagem de 15 dias pelo Sul do Brasil, estreando uma câmera Digital Nikon- D500. Em fevereiro fotografa o carnaval do Rio de Janeiro, para uma empresa Alemã. Em Março ´novamente escolhido com unanimidade, para o troféu ” Afro- Raggae- também das mãos do ministro da cultura, Gilberto Gil, com solenidade no Canecão. Em março também inicia a seleção de imagens para mais um livro de 350 páginas.Em julho, viaja à Cuba, onde ministra Workshop de fotografia sob o título: “Humanidades Cubanas”,- Expõe seu trabalho individual em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Em Setembro, aguarda lançamento de seu livro…

2005 – Em Setembro, lançou seu livro FIRMO, pela editora Bem-Te-Vi. Em Julho viaja para Cuba, onde ministrárá o Workshop “Românticos de Cuba”.

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Fonte: Walter Firmo

Fonte: Fundação Cultural Itaú

 

 

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