A partir de 2019, time sem futebol feminino não joga Libertadores

Exigência faz parte do programa de licenciamento implantado por CBF, Conmebol e Fifa. Marco Aurélio Cunha quer times usando 5% dos recursos do futebol masculino

Por Martín Fernandez no Globo Esporte

A partir de 2019, os clubes de futebol do Brasil que não tiverem um time feminino disputando competições nacionais estarão proibidos de disputar a Copa Libertadores. Esta é uma das principais exigências do regulamento de licenciamento de clubes da CBF, que foi apresentado nesta quinta-feira aos clubes.

Tal exigência já fazia parte do regulamento de clubes da Conmebol. Dos 20 clubes que vão disputar a Série A em 2017, só sete têm times femininos.

Exigência faz parte do programa de licenciamento implantado por CBF, Conmebol e Fifa (Foto: Reprodução)

O licenciamento é um conjunto de requisitos que deverão ser cumpridos pelos clubes interessados em participar de competições da CBF, da Conmebol e da Fifa.

Além do futebol feminino, há exigências sobre estrutura (centro de treinamento, estádio), profissionalização de dirigentes, gestão financeira etc. As punições para quem não cumprir vão de multa a exclusão de competições – a mais dura sanção prevista.

– Vocês, clubes, precisam pensar nisso – alertou Reynaldo Buzzoni, diretor de registro da CBF e responsável pela implantação do licenciamento no Brasil.

Marco Aurélio Cunha, diretor de futebol feminino da CBF, defende a exigência de investimento no futebol feminino. E diz que não há desculpa para os clubes não montarem times de mulheres.

– Se os dirigente do futebol masculino não errarem em duas contratações por ano, isso paga um time de uma comissão técnica de bom nível de futebol feminino. A Fifa vai exigir isso de todos. Eu reconheço a dificuldade dos clubes, mas com 5% dos recursos do futebol masculino é possível montar um time feminino.

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