Abertura da Licenciatura em Estudos Africanos contará com a ministra da Igualdade Racial

A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Nilma Lino Gomes, foi a primeira reitora negra de uma universidade federal no País e presidiu a Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as)

Por  Luciano Santos, do  UFMA

Foto: Divulgação/Presidência da República

SÃO LUÍS – Mesmo antes de começar, o novo curso de graduação da UFMA, a Licenciatura Interdisciplinar em Estudos Africanos e Afro-Brasileiros, já chama a atenção no Brasil. Tanto que, no dia 5 de maio, às 18h30m, no Auditório Central da Cidade Universitária, a Aula Inaugural será proferida pela ministra da Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Nilma Lino Gomes, que foi a primeira reitora negra de uma universidade federal no País – a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), com sede em Redenção, Ceará – e presidiu, de 2004 a 2006, a Associação Brasileira de Pesquisadores(as) Negros(as) (ABPN). Ela vem celebrar a iniciativa pioneira da UFMA em implantar o primeiro curso de graduação voltado aos estudos africanos e afro-brasileiros no país.

O curso está em fase de seleção de alunos, que farão um exame seletivo no próximo domingo, 19 de abril, às 9h, no Colégio Universitário da UFMA. Ao todo, 444 candidatos procuram aprovação entre uma das 40 vagas disponíveis, uma média aproximada de uma vaga para cada onze estudantes concorrentes. O resultado será divulgado no dia 30 de abril.

Maranhão – Novo curso de graduação, “Estudos Africanos e afro-brasileiros” será implantado na UFMA.

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A coordenadora do curso, Kátia Regis, está satisfeita pela repercussão positiva da graduação, em especial a divulgação nas associações de pesquisa como a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), a Associação Nacional de História (Anpuh) e Associação Nacional de Pós-Graduação em  Filosofia (Anpof). “Por ser uma licenciatura nova e por ser a primeira do Brasil, estamos muito felizes com a repercussão. O grande número de inscritos pode representar uma demanda nacional por professores e professoras que atuem no ensino da história e cultura africana e afro-brasileira”, disse.

Kátia Regis, inclusive, diz que é muito importante a presença da ministra na aula inaugural para valorizar e incentivar a universidade e os pesquisadores que se dedicam às relações étnico-raciais, além de ressaltar as políticas de promoção da igualdade racial e a ancestralidade africana do País. “Esperamos que essa ação pioneira da UFMA possa inspirar outras universidades a implantarem cursos semelhantes”, desejou.

Saiba mais

O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) foi o proponente da criação da proposta e a realização do projeto foi coordenada pelo professor Carlos Benedito Rodrigues da Silva, pela professora Kátia Regis e pelo professor Marcelo Pagliosa, com apoio do reitor Natalino Salgado. A implantação do curso coincide com a comemoração dos 30 anos do Neab e, segundo o professor Carlos Rodrigues, coordenador do Neab, a proposta da licenciatura resulta de uma discussão da obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Africana no sistema educacional brasileiro.

 

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