Aplicativo de celular auxilia mulheres vítimas de violência

Pelo menos quatro casos graves de violência doméstica foram registrados, nesta semana, na região da Campanha. E este fatos não se resumem aos casos recentes. Pensando nisto, foi lançado, na tarde de ontem, uma ferramenta que pretende auxiliar no combate a esse tipo de crime. Um aplicativo de celular, chamado PLP 2.0, foi apresentado pelo Departamento de Comando e Controle Integrado da Secretaria da Segurança Pública (DCCI/SSP), em Porto Alegre.

Iniciativa da Assessoria Jurídica e Estudos de Gênero (Themis), em parceria com o Instituto da Mulher Negra Geledés, o PLP 2.0 é o projeto vencedor do Desafio Social Google 2014 e um dos agraciados com o Prêmio Ajuris João Abílio Rosa de Direitos Humanos de 2015.

Conforme a coordenadora de projetos da entidade, Lívia de Souza, o propósito do aplicativo é “dar agilidade no atendimento de casos extremos de violência e fortalecer a rede de proteção à mulher por meio da tecnologia social”. Ela também ressalta o protagonismo da atuação das Promotoras Legais Populares (PLPs), que disseminam a ferramenta dentro das comunidades.

O Rio Grande do Sul, segundo exposto, será o primeiro Estado brasileiro a instituir oficialmente a parceria com o poder público para a utilização do aplicativo.
Como funciona
O PLP 2.0 fará com que o smartphone acione o serviço de atendimento de emergência, que receberá a informação e a localização da vítima via GPS. Os operadores obterão de imediato todo o histórico do caso dessa mulher, evitando que o atendimento à vítima parta do zero. O aplicativo estará disponível para os sistemas operacionais Android e iOS.

Inicialmente, o PLP 2.0 será usado por duas mulheres em situação de violência, moradoras do bairro Restinga. Após a fase de testes, o uso será estendido para toda a cidade de Porto Alegre. As usuárias sempre serão selecionadas pelo Judiciário, responsável pela expedição das medidas protetivas, que utilizará como critério primordial o grau de violência investido contra a vítima.

Acionado pelo botão de ligar/desligar, a vítima que estiver em situação de risco apertará quatro vezes este botão e a polícia já estará acionada e irá para o local onde estaria ocorrendo o descumprimento da medida protetiva ou o delito.

+ sobre o tema

Não estuprem uma mulher duas vezes

Enquanto estávamos distraídos com a Copa do Mundo na...

O que explica a violência contra a mulher? – por Cynara Menezes

Serviços públicos precários aumentam a sensação de medo das...

Proteção para mulheres vítimas de violência é lenta em BH

Pedidos de medidas protetivas passam de 6 mil este...

Mulheres pedem condenação máxima para mentor de estupro coletivo

Ontem (25) foi julgado o mentor do estupro coletivo ocorri­do...

para lembrar

Causa da violência contra mulheres é motivo fútil, afirma promotora

Promotora Ana Lara Camargo de Castro atua em uma...

Manifesto da Marcha das Mulheres Negras 2015 contra o Racismo e a Violência e pelo Bem Viver

Nós, mulheres negras brasileiras, descendentes das aguerridas quilombolas e...

Mulheres sofrem violência no asfalto ou na favela

Lei Maria da Penha, que completou oito anos ontem,...

Embaixada dos Estados Unidos promove intercâmbio sobre violência contra mulher

A convite da Embaixada dos Estados Unidos, a delegada-chefe...
spot_imgspot_img

Homem é preso em Manaus suspeito de matar grávida por não querer filho negro

A Polícia Civil do Amazonas prendeu em Manaus um homem apontado como sendo o assassino de sua ex-namorada grávida de sete meses. As investigações, segundo a corporação,...

Violência política contra as mulheres é estratégia de ataque à democracia, diz especialista

Neste 25 de novembro, Dia Internacional pelo Fim da Violência contra as Mulheres, o Brasil se depara com um número alarmante. Segundo pesquisa elaborada...

Edificar o lar

Na verdade eu venho pensando mais fortemente nisso desde que vi a notícia sobre o brutal assassinato da pastora Sara Mariano. Ela foi morta...
-+=