“Eu odeio preto, mas essa goleira do Brasil tinha chance.”
Com esta frase, Marcos Clay, administrador de Rio Branco (AC), se referiu à goleira da seleção feminina brasileira de futebol na Olimpíada, Bárbara Micheline do Monte Barbosa, em post no Facebook feito na última sexta-feira (12).
Clay, membro do Conselho Federal de Administração (CFA), apagou a mensagem, mas o G1 conseguiu uma cópia. Veja na imagem abaixo, à esquerda:
Em entrevista ao mesmo site neste sábado (13), o acriano disse que “não passou de uma brincadeira”.
Ele fez outras postagens no Facebook esclarecendo o assunto. Clay “argumentou” que o “racismo está na cabeça das pessoas” e que a prova de que ele não seria racista é o fato de ele ser “casado, e muito bem casado” com uma mulher negra. Veja:
Clay tentou se explicar na entrevista ao G1:
“Foi uma brincadeira de mau gosto. Uma brincadeira que infelizmente algumas pessoas se ofenderam, mas não era minha intenção. Tanto é que minha esposa é negra, todo mundo sabe disso. Quem me conhece sabe que eu não sou racista, tenho vários amigos que são negros, não tenho problema com isso”.
No entanto, obviamente não conseguiu.
O conselheiro, cujo post recebeu imediatamente uma saraivada de críticas, contou que, quem compartilhou sua mensagem, deu a ela uma “conotação racista” e tem “algo contra” ele.
“O povo de hoje está muito melindrado, ninguém pode mais falar nada nas redes sociais que vira polêmica”, disse ao G1.
A goleira Barbara teve destaque na partida de sábado. Ela é responsável por duas defesas que garantiram à seleção feminina uma vaga na semifinal.