Avô de irmãs mortas em Belford Roxo desabafa: ‘Dor constante’

“Nós estamos vivendo numa dor constante”. A frase é do avô das irmãs encontradas mortas no Morro Gogó da Ema, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e mostra o sentimento da família. A estudante Ariane Oliveira de Souza, de 19 anos, e a cabeleireira Jéssica Oliveira de Souza, de 22, teriam sido sequestradas no domingo, ao saírem de uma casa de shows Rio Sampa, na Via Dutra, altura de Nova Iguaçu, também na Baixada. Os corpos foram encontrados abraçados, com marcas de tiros e sinais de estupro.

Bernardo Costa

– Não temos mais condições de falar sobre o assunto. Cada vez que repetimos as mesmas coisas é como se revivêssemos todo o sofrimento – disse o avô das jovens, que se identificou apenas como Jurandir.

Abalados, outros parentes pedem privacidade e evitam falar sobre o crime. As irmãs foram sepultadas juntas, na segunda-feira, no Cemitério de Belford Roxo. O caso está sendo investigado pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). O local onde estavam os corpos de Ariane e Jéssica estavam – uma rua de terra batida – já foi periciado. Os agentes, agora, tentam obter imagens que possam mostrar as irmãs dentro da Rio Sampa e também na saída da casa de shows.

Ariane (de cabelo preto) e Jéssica em foto postada na sexta-feira passada Foto: Reprodução do Facebook
Ariane (de cabelo preto) e Jéssica em foto postada na sexta-feira passada Foto: Reprodução do Facebook

Fonte: Extra

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