Bloco afro fundado em 1974, Ilê Aiyê é celebrado em livro e disco ao fazer 50 anos em novembro com ideologia firme

Enviado por / FonteG1, por Mauro Ferreira

Primeiro bloco afro do Brasil, o Ilê Aiyê foi fundado em 1º de novembro de 1974 por Antônio Carlos dos Santos – o Vovô do Ilê – e Apolônio Souza de Jesus Filho (1952 – 1992), na rua do Curuzu, na Liberdade, bairro de Salvador (BA), cidade-celeiro de tradições africanas no coração da Bahia.

Reserva de ancestralidade afro-brasileira, o Ilê Aiyê completa 50 anos em 2024 com a ideologia firme. Tanto que o mais belo dos belos blocos afros é celebrado em livro e disco pelas cinco décadas de resistência cultural.

Para quem quer saber sobre a história e o universo particular do bloco, que construiu um mundo negro na capital da Bahia preta, o livro Ilê Aiyê – A fábrica do mundo afro (Editora 34) apresenta texto investigativo sobre o grupo em narrativa de tom sociológico e olhar estrangeiro, escrita pelo antropólogo francês Michel Agier, estudioso da cultura afro-baiana.

Capa do livro ‘Ilê Aiyê – A fábrica do mundo afro’, de Michel Agier — Foto: MIlton Guran

O livro tem posfácio assinado por Antonio Sérgio Alfredo Guimarães e reúne 35 fotografias de Milton Guran – também antropólogo especializado na cultura da diáspora africana – que constituem, elas próprias, documento visual de alta qualidade estética que enriquece o livro.

Se o livro Ilê Aiyê – A fábrica do mundo afro já está à venda no mercado literário, o disco Negro lindo sai em 1º de novembro, dia em que a fundação do Ilê Aiyê completa exatos 50 anos.

Capa do single ‘Negro lindo’, de Guiga de Ogum — Foto: Divulgação

Negro lindo é single que apresenta samba de autoria de Guiga de Ogum, compositor baiano que reside há mais de 50 anos na Ladeira da Preguiça, ponto já mítico da cidade de Salvador (BA).

O samba Negro lindo é a amostra inicial do primeiro álbum de Guiga de Ogum, Mundo melhor, gravado no estúdio Caverna do Som, em Salvador (BA), e previsto para ser lançado em dezembro com repertório autoral composto por sambas e ijexás.

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