Bombril é acusada de racismo por campanha com empregada doméstica negra

Marca afirma que escolha de doméstica para anúncio no Facebook não foi aleatória, mas internautas rechaçam peça

Uma peça publicitária da Bombril no Facebook gerou polêmica na última segunda-feira (27). Em homenagem ao Dia do Trabalhador Doméstico, a empresa postou a imagem de uma empregada doméstica negra em sua página na rede social, anunciando o projeto social Casa Bombril, centro de formação gratuita para domésticas.

por IG

“Vamos homenagear quem mais brilha nos lares de todo o país! Aproveite a data para conhecer a Casa Bombril, um projeto social que ajuda a desenvolver ainda mais a vida profissional das domésticas! Afinal, o brilho delas é uma das coisas que fazem de nossa casa um verdadeiro lar!”, disse a marca.

Leia também: 

 

Em poucos minutos, apareceram os primeiros comentários dos internautas acusando a marca de racismo.

“Até parece uma propaganda típica de décadas atrás. Para a Bombril parece que o tempo não passou, as pessoas têm escrav.., digo, empregadas negras, as mulheres servem ao marido, etc. Parece que essa é a sociedade que Bombril acredita”, disse um usuário.

“Sempre negras e nordestinas… Em todas as propagandas!!!! Triste…”, afirmou outro.

Em nota, a empresa afirmou que a escolha de Tania Aparecida, que está na homenagem feita pela marca no Facebook, não foi aleatória: ela é consultora da Casa Bombril.

“Tania é a competente profissional que ganhou a primeira edição do concurso Melhor Doméstica do Brasil, realizado em 2011 no Programa Raul Gil e, desde então, faz parte do quadro de colaboradores da Casa Bombril. A Bombril tem uma história de incentivo e valorização da mulher brasileira, independentemente de raça, classe social ou qualquer outra classificação. A empresa presta uma homenagem, com a figura da Tania, a toda a classe de empregada doméstica do Brasil, que a Bombril sempre valorizou e reconheceu”, afirmou a marca.

+ sobre o tema

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...

para lembrar

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...
spot_imgspot_img

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro no pé. Ou melhor: é uma carga redobrada de combustível para fazer a máquina do racismo funcionar....

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a categoria racial coloured, mestiços que não eram nem brancos nem negros. Na prática, não tinham...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira (27) habeas corpus ao policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, réu por assassinato de Guilherme Dias...