Brigid Kosgei: a maratonista mais rápida da história que correrá a São Silvestre

Queniana mãe de gêmeos e filha de mãe solo começou a correr no trajeto de 10 quilômetros até a escola.

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Em entrevista a jornalistas no domingo, Kosgei disse que a alta umidade pode ser um desafio. “É uma prova que qualquer um pode ganhar, mas estou me preparando”, afirmou. (Foto: Getty Images)

A 95ª Corrida Internacional de São Silvestre nesta terça-feira (31) terá entre as competidoras a maratonista mais rápida da história: a queniana Brigid Kosgei. Com 25 anos, ela bateu o recorde mundial dos 42,195 km na Maratona de Chicago, em outubro de 2019. Também neste ano, ela se tornou a mulher mais jovem a ganhar a Maratona de Londres, em abril.

Ao lado de 6 irmãos, Kosgei foi criada por sua mãe no condado de Elgeyo-Marakwet, região no Vale do Rift,a 418 km da capital Nairóbi, no Quênia. O local é conhecido por exportar corredores.

O interesse pelo esporte foi despertado quando ela era criança. “Minha escola ficava a 10 km de casa e, às vezes, para evitar me atrasar, eu corria. No caminho, encontrei atletas que estavam treinando e disse para mim mesma: ‘Eu posso ser como eles’”, disse, em outubro, à BBC. Aos 17 anos, a atleta deve de deixar os estudos.

A maratonista começou a carreira em 2012, ao lado do namorado e atual marido Mathew Kosgei. No ano seguinte, ela teve de interromper os treinos para ser mãe de gêmeos e retomou o ritmo em 2015. “Meu marido me disse para não me preocupar – ele cuidaria das crianças – e que eu deveria me concentrar na minha carreira e logo as crianças também se acostumaram a me ver apenas nos fins de semana em que voltava para casa”, contou à BBC.

Ao conquistar o recorde em Chicago, em 2h14min04s, Kosgei superou a marca de Paula Radcliffe, britânica recordista do melhor tempo da distância por 16 anos.

Agora, o foco da atleta são os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Para se classificar, ela precisa alcançar o índice estabelecido pela associação de atletismo —2h11min30seg para os homens e 2h29min30seg para as mulheres. No Quênia, os corredores qualificados passam também por provas para que a federação do país selecione os três representantes, de acordo com a Folha de S. Paulo.

Na São Silvestre, a principal concorrente de Kosgei é a também queniana Pauline Kamulu, bronze no mundial de meia maratona de 2019. Em entrevista a jornalistas no domingo (29), Kosgei disse que a alta umidade pode ser um desafio. “É uma prova que qualquer um pode ganhar, mas estou me preparando”, afirmou.

As brasileiras não vencem a prova desde 2006, com Lucélia Peres. Neste ano, as favoritas são Valdilene Silva, 15ª colocada na Maratona de Frankfurt no ano passado, e Tatiele de Carvalho, quarta colocada na prova Dez Milhas Garoto (18) e 5ª na Meia de Buenos Aires (18), de acordo com a Agência Brasil.

A prova feminina começa às 7h40 e a masculina, às 8h05. Segundo a organização, serão cerca de 150 atletas da elite. Além dos atletas profissionais, 35 mil pessoas estão inscritas.

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