Bush pai e filho condenam racismo e antissemitismo em resposta a Trump

Os ex-presidentes americanos George H.W. Bush e George W. Bush, emitiram um comunicado na noite desta quarta-feira (16) condenando o preconceito racial e o antissemitismo, em resposta às declarações de Donald Trump, mas sem mencionar o nome do atual presidente.

Do RFI

“Os Estados Unidos devem sempre repudiar o preconceito racial, o antissemitismo e o ódio com todas as suas forças”, afirmaram pai e filho na nota emitida em Kennebunkport, Maine, onde a família Bush mora.

“Enquanto oramos por Charlottesville, recordamos as verdades fundamentais evocadas pelo cidadão mais proeminente dessa cidade (Thomas Jefferson): ‘Todos os homens foram criados iguais e dotados pelo Criador de direitos inalienáveis”, escreveram os republicanos Bush.

“Sabemos que estas verdades são eternas porque vimos a decência e a grandeza de nosso país”, concluem

Trump isolado

O presidente americano Donald Trump iniciou uma tempestade política quando afirmou, na última terça-feira (15), que os dois os lados eram responsáveis pela violência que abalou a pequena cidade da Virgínia, onde uma manifestante antirracista foi morta por um simpatizante neonazista.

Suas declarações chegaram a ser elogiadas pelo ex-líder da Ku Klux Klan (KKK) David Duke por sua “honestidade e coragem”, mas deixaram diversos legisladores mudos. E deu a clara impressão de que essas expressões eram o que Trump realmente pensava, e não o que disse no dia seguinte aos fatos, quando leu na Casa Branca uma declaração condenando a “violência racista”.

Um sinal claro deste desconforto é que os republicanos sequer apareceram na televisão para defender o presidente, e as únicas vozes a emergir foram de crítica.

“Em Charlottesville, os errados estão claramente do lado da KKK e dos supremacistas brancos”, disse a presidente do Comitê Nacional Republicano, Ronna Romney McDaniel, à rede ABC.

“É preciso que ele repare os danos, e é preciso que os republicanos se manifestem alto e forte”, afirmou à rede NBC, nessa mesma linha, o governador de Ohio, John Kasich, que enfrentou Trump nas prévias do partido na corrida pela Presidência em 2016. Kasich advertiu que Trump corre o risco de “colocar a Presidência em um terreno que não é aceitável para o país”.

Tweet de Obama citando Mandela se torna o mais popular da história

 

O ex-presidente Barack Obama reagiu com uma frase de Nelson Mandela no Twitter: “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, sua origem ou sua religião”.

O post se tornou o mais popular até o momento na história da rede social, informou o Twitter nesta quarta-feira (16).

O jornal The New York Times lamentou em editorial o comportamento de Trump: “Infelizmente, nada surpreendente. Os políticos de Washington esperavam que a indicação recente de John Kelly, um ex-general dos Marines, ao posto de chefe de gabinete da Casa Branca impusesse um pouco de disciplina nesse governo caótico”, escreveu o jornal.

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