Comunicação é central para o combate ao racismo, diz ministra Nilma Lino Gomes

“Fizemos avanços na luta pela promoção da igualdade racial e pelo enfrentamento ao racismo. No entanto, ainda há muito trabalho pela frente para realizarmos uma completa superação”, declarou Nilma Lino Gomes, ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir/PR), em entrevista ao Portal Áfricas, ao falar sobre a importância de se aprimorar as ferramentas de ação da Secretaria.

Dentre os assuntos tratados pela ministra está a questão da mídia. Segundo ela, as chamadas mídias negras ocupam um importante lugar no processo de comunicação e circulação de informação sobre a temática racial no Brasil. “Meu desejo é conhecer um pouco mais estes veículos, compreender seus objetivos, visão política e midiática e formas de abordagem para depois pensarmos juntos propostas de fortalecimento dentro dos objetivos, missão institucional e condições da SEPPIR. Para se fortalecer, o trabalho das mídias negras deverá ser conhecido não só pela população negra e militante, mas pelo público em geral”.

No entanto, Nilma Lino Gomes reafirmou que a pauta racial deve ser o norte de todo e qualquer meio de comunicação. E sinalizou que “o trabalho da nova gestão está no início. Esse é um momento de ouvir primeiramente todos os setores internos e, aos poucos, ir expandindo a escuta para os setores externos. A princípio, posso dizer que as metas gerais são continuar colocando em prática e aprimorar 4 eixos de ação da pasta da SEPPIR: as ações afirmativas, o tratamento com os quilombolas e povos de comunidades tradicionais, o olhar sobre a juventude e a internacionalização da SEPPIR, com a ampliação do conhecimento e das ações em âmbito internacional.

Na oportunidade, a ministra destacou que sua gestão alinhará ao lema do novo governo da presidenta Dilma, ‘Brasil, Pátria Educadora’. “O trabalho de promoção da igualdade racial e de enfrentamento ao racismo no país tem um caráter político, articulador e, acima de tudo, educativo. Desse modo, acesso à comunicação democrática é central no combate ao racismo”.

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