Direitos das mulheres afrodescendentes são reforçados na COP 28 por Geledés

Organização solicita ao Itamaraty endereçar a temática durante a cúpula do clima que acontece em Dubai

No primeiro dia de participação de Geledés – Instituto da Mulher Negra na conferência do clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 28, nesta sexta-feira 01, em Dubai, nos Emirados Árabes, a organização realizou uma das negociações conduzidas no âmbito do Órgão Subsidiário de Implementação (SBI) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), responsável pelas questões relativas à implementação de políticas e medidas relacionadas ao clima.

Ao abordar o tema de Gênero e Mudanças Climáticas, a representante de Geledés, Letícia Leobet, dialogou com o Itamaraty, representado pela diplomata Bruna Veríssimo. O instituto recomendou à diplomata que reforçasse em seu posicionamento a temática das mulheres afrodescendentes, ideia bem recebida por ela.

No encontro, Geledés foi a única organização da sociedade civil, na condição de observadora, a fazer o uso da palavra. “Saudamos esta discussão sobre gênero e mudanças climáticas destacando a importância da inclusão do papel das mulheres afrodescendentes, tanto pelo seu potencial na proteção de suas comunidades e na elaboração de tecnologias sociais diante das crises, quanto pelo grau de vulnerabilidade a que estão expostas, sendo atingidas em um contexto de múltiplas opressões. Portanto, é fundamental que, nas próximas discussões e documentos, os direitos das mulheres afrodescendentes sejam assegurados”, disse Letícia.

Neste final de semana, Geledés segue na segunda rodada de negociações sobre gênero e mudanças climáticas, buscando o reconhecimento na COP 28 das vulnerabilidades, especificidades e protagonismo que as mulheres afrodescendentes ocupam diante da crises climáticas.

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