Em Porto Alegre, feministas, homossexuais e políticos protestam contra a presença do presidente do Irã no Brasil. RFS defende o estado laico e os direitos das mulheres

A Rede Feminista de Saúde esteve entre as organizações promotoras do ato público chamado pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos do Rio Grande do Sul contra a presença do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, realizado às 12 horas de hoje,23/11, na Esquina Democrática, ponto central de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, e palco histórico de manifestações populares.

Fonte: Lista Racial –
O protesto acusou o governo iraniano de manter impunes assassinatos de mulheres e manter a prática da lapidação de esposas consideradas infiéis, a valoração pela metade da voz feminina em tribunais, a perseguição a homossexuais e minorias religiosas. O centro da defesa das entidades foi a necessidade de estados laicos e democráticos, que respeitem os direitos humanos. O ato reuniu ainda Themis – Assessoria Jurídica e Estudos de Gênero, Nuances – Grupo Pela Livre Expressão Sexual, Organização Sionista do Rio Grande do Sul, representantes da Câmara Municipal e Igualdade – Associação de Travestis e Transexuais do RS.
Quando de sua manifestação, a secretária executiva da RFS, Telia Negrão, (foto) se reportou aos marcos legais dos direitos humanos desde 1948 e agregou ao seu pensamento a III Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e as Formas Conexas de Intolerância organizada pelas Nações Unidas como uma referência fundamental às minorias vítimas de discriminação e intolerância. A dirigente da Rede defendeu, ainda, com muita ênfase o direito humano de todas as mulheres, o estado laico, e que o Brasil, como país democrático, não pode compactuar com a persistência de “todas as formas cruéis de violência e discriminações a todas as mulheres, brancas, negras e indígenas”.

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