Eu Empregada Doméstica e mais alguns relatos de experiências vividas por empregadas domésticas no Brasil

A maneira com que historicamente sempre se tratou as empregadas domésticas no Brasil, sem que sequer houvesse uma legislação adequada para a profissão (e quando enfim foi criada, a gritaria de indignação foi geral, diante do mero estabelecimento do direto profissional mínimo), com um verdadeiro apartheid racial e social dentro de nossas próprias casas, diz muito sobre como vemos e vivemos os privilégios e desigualdades no país. Uma página foi criada no Facebook para que retratos desses tratos entre patrões e empregadas pudessem ser relatados.

no Hypeness

Eu Empregada Doméstica reúne, portanto, comentários, apontamentos e relatos propriamente revelando pequenas histórias e situações que ilustram a desigualdade e o destrato que essa tão importante classe profissional sempre sofreu. Em poucas horas a página já reúne mais de 12 mil curtidas, e basta uma dose dura de honestidade para se identificar com a maioria dos relatos, esteja do lado do patrão ou da empregada, como um duro retrato do Brasil.

Algumas histórias, porém, são bonitas e inspiradoras, e mostram que nem tudo é sempre horror.

A maioria, no entanto, expõe a maneira com que um tratamento preconceituoso, desigual e vil é aparentemente naturalizado no Brasil, como se fosse simplesmente parte de um acordo profissional. Não é – e o que a página nos lembra é justamente das pessoas por trás dos uniformes.

© fotos: reprodução/Facebook 

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