Feministas denunciam machismo do Senado francês, com apenas 25% de eleitas

Duas entidades feministas acusaram o Senado francês de “machista” nesta segunda-feira, um dia após os resultados das eleições mostrarem que a casa terá apenas 25% de mulheres em sua composição.

A organização “Osez le Féminisme” denunciou, em comunicado, “as estratégias adotadas pelos partidos para contornar as regras que visam garantir a paridade”. O grupo ainda avaliou que “um machismo escancarado” foi instaurado “no corpo pouco glorioso da Câmara Alta no quesito direitos das mulheres”.

“Esta anomalia democrática que é o Senado é revoltantemente pouco paritária, o que apaga ainda mais sua legitimidade para representar e decidir sobre os direitos das mulheres”, ressaltou o coletivo feminista e LGBT “les efFRONTé-e-s”. O grupo ainda lamentou a eleição de dois senadores do partido de extrema-direita Frente Nacional.

O Alto Conselho para a igualdade entre mulheres e homens constatou em comunicado que “num certo número de departamentos atingidos pelo escrutínio em lista, os senadores que saem preferiram conduzir uma lista dissidente e, assim, encabeçar a lista, antes de serem colocados em terceira posição, atrás de uma mulher”.

A entidade do governo pediu para que os partidos políticos “condenem estes estratagemas anti-paridade, e tomem as medidas necessárias”.

O Conselho ainda ressaltou que “a divisão equânime do poder de decisão e de representação é um artifício democrático fundamental”.

Neste domingo, 40 mulheres e 139 homens foram eleitos para ocupar as cadeiras do Senado francês. A nova casa conta com 87 mulheres (25%) e 261 homens, contra 77 (22,1%) e 271 da última renovação parcial, em setembro de 2011.

 

 

Fonte: EM

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