Fundação Tide Setubal fomenta pesquisa com foco no coronavírus

Desigualdades socioeconômicas e territoriais devem pautar trabalhos científicos em novo edital de apoio a pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo

Na Fundação Tide Setubal

Divulgação/Tide Setubal

Devido à gravidade da pandemia mundial, a Fundação Tide Setubal está fomentando pesquisas focadas na Covid-19 no contexto das desigualdades, via edital “Pandemia Covid-19: panorama da desigualdade na RMSP”, realizado em parceria com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), com inscrições abertas desde 23 de março.

A chamada de pesquisa priorizou as periferias porque os desafios do cenário atual se tornam ainda mais agudos quando enfrentados em meio à situação de vulnerabilidade e fragilidade de acesso à saúde, saneamento, educação, moradia e emprego, condições típicas da periferia metropolitana de São Paulo. O edital convida a comunidade acadêmica da Unifesp a apresentar, até o próximo dia 2 de abril, propostas de monitoramento, análise e recomendações relativas à Covid-19.

“Redirecionamos nosso apoio à pesquisa científica na Unifesp em 2020, que seria de avaliação de condições sanitárias, saúde, moradia e trabalho nas periferias da capital. O projeto executado trará recomendações ao poder público para que aperfeiçoe seu trabalho e possa solucionar problemas advindos do coronavírus nos territórios mais vulneráveis”, explica Neca Setubal, presidente do Conselho da Fundação Tide Setubal, organização que apoia, financeira e tecnicamente, lideranças e ações que fortalecem as periferias urbanas. “É uma forma de o investimento social privado contribuir para que a academia produza conhecimento para o enfrentamento dessa crise olhando para os territórios”.

Segundo o edital, equipes de professores, estudantes e pesquisadores dos diversos campi da Unifesp devem propor metodologias para monitorar, mapear, avaliar e elaborar análise crítica, considerando as disparidades na prevenção, propagação, adoecimento e suas consequências sociais e econômicas. Recomendam-se a interdisciplinaridade e o envolvimento das comunidades, ainda que por contato remoto. O projeto vencedor será anunciado em 9 de abril, terá 8 meses para execução, com entregas parciais a cada 2 meses, e receberá o apoio total de R$ 160 mil da Fundação.

Acesse o edital e informações para envio de propostas aqui.

 

Leia Também:

Matchfunding Enfrente: R$3,6milhões para a luta das periferias contra o Coronavírus

+ sobre o tema

Racismo Prejudica Combate a AIDS

Entrevista/Karen Bruck Coordenadora do Programa Integrado de Ações Afirmativas para...

‘Novo câncer’ pode ser desencadeado por implante de silicone

Um novo tipo de câncer, chamado linfoma anaplásico de...

Cerca de 100 especialistas em HIV estavam em avião da Malásia

Mortes de dezenas de destacados especialistas na área provocam...

“Mais Médicos” reforça a atenção básica na Maré

A Vila dos Pinheiros, uma das 15 comunidades que...

para lembrar

Doações Emergências para o Fundo Baobá

Ajude o Fundo Baobá a manter aberto, enquanto for...

Pobreza também é comorbidade

O que vai mudar daqui pra frente? Até voltarmos...

Plataforma colaborativa reúne ações de solidariedade a imigrantes e refugiados durante a pandemia

O Fórum Internacional Fontié ki Kwaze – Fronteiras Cruzadas...

Mercado de trabalho e informalidade no Brasil pós-Pandemia

Introdução: Dias muito difíceis. Além da pandemia do Coronavírus, há...
spot_imgspot_img

Exaustão crônica reflete o mal-estar contemporâneo

Em 1974, Herbert Freudenberger usou o termo "burnout" para descrever o crescente número de casos de colapso físico ou mental causado pelo excesso de...

Podcast Essa Geração (Temporada 6 – Decolonialidade)

Você sabe como a decolonialidade influencia a sua vida? E se disséssemos que ela está muito mais presente do que você imagina? Pois bem,...

Ludmilla promove a maior doação de sangue do Hemorio desde 1944

Ludmilla, 28, está doando ingressos para o seu evento 'Numanice' em uma parceria com o Hemorio. No primeiro dia da campanha, a cantora promoveu a...
-+=