Galeria Theodoro Braga traz exposição “Reminiscências de Nzinga” do Instituto Nangetu

A Fundação Cultural do Pará, por meio da Galeria Theodoro Braga, inaugura, hoje, às 19h, a exposição “Reminiscências de Nzinga”, que comemora os 10 anos do Instituto Nangetu e traz obras coletivas que homenageiam a memória da Rainha Nzinga Mdambi – A indomável e inteligente soberana de Matamba e Ngola, que juntando vários povos, comandou a resistência à ocupação colonial e ao tráfico de povos Bantu por cerca de 40 anos.

Por Andreza Gomes, do Agência Pará

A rainha quilombola tornou-se mítica e foi uma das mulheres africanas cuja memória desafiou o tempo, dando origem a uma ancestral cultural que invadiu o imaginário brasileiro com o nome de Ginga, que permanece no nosso povo como um DNA cultural, e que aflora em estampas de tecidos, ações políticas, ambientalistas e, por que não, também poéticas.

“Quem tem ginga tem a realeza de Nzinga, é mais ou menos por aí que nós estamos trabalhando, de forma a trazê-la pro nosso cotidiano como uma memória da luta feminina da mulher negra”, explica Arthur Leandro, um dos artistas envolvidos na criação da exposição.

As obras que reúnem fotografias, videoarte, instalação, intervenção urbana com perfomances são fruto de ações comunitárias do terreiro de umbanda Mansu Nangetu e seus parceiros, em especial ações ligadas aos projetos institucionais, como Azuelar – laboratório experimental de comunicação social comunitária; A magia de Jinsaba – com objetivo de manter o cultivo de plantas medicinais e de uso litúrgico; e o projeto Ancestralidade e Resistência, visando valorizar a ancestralidade feminina nas Comunidades Tradicionais de Terreiros.

Serviço: A exposição “Reminiscências de Nzinga” estará aberta à visitação de 7 (quinta) a 29 (sexta) de maio, de segunda a sexta, das 9h às 19h, na Galeria Theodoro Braga, que fica no subsolo do Centur (Av. Gentil Bittencourt, 650). Entrada franca.

Leia Também:

A Rainha Guerreira Nzinga

+ sobre o tema

MG: polícia prende taxista suspeito de estuprar 17 mulheres

A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu na manhã...

O clube dos encoxadores

O que passa pela cabeça dos caras que atacam...

O uso do celular e da internet como mecanismos de defesa contra a violência de gênero

Informação é poder, por isso gostaria de compartilhar algumas...

para lembrar

Vítimas: inversão e banalização

A questão das vítimas é das mais delicadas. Nunca...

Casal gay de 60 e 62 anos é espancado na Tijuca, Zona Norte do Rio

O engenheiro civil Flavio Micellis, 60 anos, deu entrada...

Sede do Neab homenageia Ya Mukumbi

Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros funcionará em casa de madeira...

Direitos não retrocedem por Flávia Oliveira

Casamento não é liquidação de verão nem semana de...
spot_imgspot_img

Nenhum país eliminou desigualdade entre homens e mulheres, diz ONU

Trinta anos após Declaração de Pequim, nenhum país conseguiu eliminar completamente as desigualdades entre homens e mulheres e cumprir todas as medidas estabelecidas no compromisso internacional, diz a...

Brasil avançou, mas ainda há desigualdade entre homens e mulheres

As mulheres são a maioria da população brasileira, mas ainda enfrentam uma série de desigualdades e violências em diversos âmbitos. O relatório Revisão de Políticas...

A representatividade de mulheres negras na área de tecnologia e inovação

As mulheres negras estão entre os piores índices no que diz respeito a tecnologia e inovação no Brasil, atualmente. A PretaLab — plataforma de...
-+=