Gilberto Gil e Zezé Motta retratam orixás em mostra inédita

Enviado por / FonteDo Catraca Livre 

 

Gilberto Gil, Oxalufã (o princípio e o fim. Representa o infinito. Ele reconstitui e se auto reproduz) Foto: Daryan Dornelles

Em um momento em que a cidade precisa de mais tolerância religiosa, entra em cartaz no Centro Cultural Justiça Federal a exposição “Orixás: quando o mito veste o corpo“. As fotografias de Daryan Dornelles e Stefano Martini ficam em cartaz de 16 de setembro até 5 de novembro.

Com entrada Catraca Livre, a mostra idealizada por Margo Margot pode ser visitada de terça a domingo, sempre das 12h às 19h.

A partir de pesquisa bibliográfica e visita ao Ilé Àse Ògún Àlákòró, Margot desenvolveu vinte “Orixás” para nos convidar conhecer profundamente um pouco mais de uma das culturas de base do povo brasileiro. A exposição, mais do que uma mostra visual, busca trazer reflexões sobre a essência dos mitos africanos cultuados no candomblé.

Zezé Motta, Oxum (a mais bela de todas) (Foto: Stefano Martini)

No decorrer da exposição ainda é possível fazer uma visita mediada, participar de bate-papos e oficinas para escolas e grupo a serem agendados no Educativo do CCJF.

Nas imagens, voluntários de peso como é o caso de Zezé MottaGilberto GilVidal Assis e João Donato aparecem em meio à trajes e elementos da natureza que compõe o ambiente de cada orixá. Pedras, areia de mar, barro e até partes de árvores complementam e enriquecem as obras.

Confira todos os convidados e os orixás que representam:

Aleff Bernardes, Ossain (antídoto, não existe folha que não se transforma em remédio)
Anastacia Gabriel, Ewá (quem trouxe para a humanidade o direito de sonhar)
Cau Ramalho, Obá.
Felipe Pacheco, Oxumaré
Gilberto Gil, Oxalufã (o princípio e o fim. Representa o infinito. Ele reconstitui e se auto reproduz)
Ivo Modogllio, Ori
José Araújo, Iroko (divindade árvore que nos traz a paciência, que nos acalma)
Larissa Bandeira e Leo do Gran, Ibejis (a permanência e a alegria)
Luana Bandeira, Oyá
Lui Mendes, Oxaguiã (renovação de Oxalá)
Marcelo Campos, Ógún (possibilidade de caminhar ao encontro do que é essencial)
Marcielly Vanucci, Iemanja (modeladora das cabeças e protetora das mães)
Marcos Bandeira, Omolu (Limite, Sinalização que nos faz parar. Processo de reflexão para melhorar. O rei)
Pedro Oliveira, Logunedé (o único orixá procriado)
Pedro Renato Martins, Esú (patrono da comunicação. Aquele que traz o novo, o movimento contínuo,  espiral)
Renata Ribeiro, Nana
Renegado, Osòósi (Dono da consciência do que se pode mudar)
Sergio Cezar, Sango (Justiça do que você pode ser. Trabalha a retidão e a verdade)
Vidal Assis, Ori
Zezé Motta, Oxum (a mais bela de todas)

+ sobre o tema

Mostra em São Paulo celebra produção de cineastas negros no Brasil

Uma seleção de filmes brasileiros realizados por cineastas negros...

O dia em que os deputados brasileiros se negaram a abolir a escravidão

Se dependesse da vontade política de alguns poucos, o...

para lembrar

Mostra em São Paulo celebra produção de cineastas negros no Brasil

Uma seleção de filmes brasileiros realizados por cineastas negros...

O dia em que os deputados brasileiros se negaram a abolir a escravidão

Se dependesse da vontade política de alguns poucos, o...
spot_imgspot_img

Feira do Livro Periférico 2025 acontece no Sesc Consolação com programação gratuita e diversa

A literatura das bordas e favelas toma o centro da cidade. De 03 a 07 de setembro de 2025, o Sesc Consolação recebe a Feira do Livro Periférico,...

Mostra em São Paulo celebra produção de cineastas negros no Brasil

Uma seleção de filmes brasileiros realizados por cineastas negros ou que tenham protagonistas negros é a proposta da OJU-Roda Sesc de Cinemas Negros, que chega...

O dia em que os deputados brasileiros se negaram a abolir a escravidão

Se dependesse da vontade política de alguns poucos, o Brasil teria abolido a escravidão oito anos antes da Lei Áurea, de 13 de maio de...