Guarda Civil Metropolitana mata criança de 11 anos durante perseguição em São Paulo

Um menino de 11 anos foi morto pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) durante uma perseguição, na Cidade Tiradentes, na zona leste da capital, na madrugada deste domingo (26). O guarda responsável pelos disparos foi autuado em flagrante por homicídio culposo (quando não há intenção de matar), pagou fiança e vai responder as acusações em liberdade.

No Brasil Post 

Este é o segundo caso em três semanas em que agentes de segurança pública matam crianças envolvidas em delitos criminosos. O primeiro, ocorrido em 2 de junho, terminou com a morte de um menino de 10 anos na Vila Andrade, zona sul. O caso ainda é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

No caso deste domingo, segundo a Polícia Civil, o menino e mais dois assaltantes estavam roubando moradores do bairro. Uma viatura da GCM composta por três guardas foi avisada por um homem que havia acabado de ser roubado pelo grupo. Eles estavam em um Chevette e foram localizados pelos GCMs.

O carro não teria obedecido ao pedido de parada e começou uma perseguição. Um dos guardas atirou quatro vezes contra o carro. Os tiros acertaram o vidro traseiro e um dos pneus. O carro dos ladrões parou em uma rua próxima a uma quermesse e dois bandidos fugiram a pé.

Os frequentadores da festa notaram que uma criança estava baleada agonizando dentro do carro. O menino foi levado para um hospital da região, mas não resistiu.

O caso será investigado pelo DHPP. O delegado responsável pelas investigações apreendeu o carro dos ladrões e o encaminhou para perícia. Inicialmente, não há indícios de que os ocupantes do veículo atiraram contra os guardas. Nenhuma arma foi localizada.

A mãe do menino disse na delegacia que ele nasceu na Bahia, era usuário de drogas e envolvido com más companhias. Em nota, a Prefeitura de São Paulo informou que os GCMs envolvidos no caso foram afastados das funções e que sua conduta será apurada.

+ sobre o tema

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...

para lembrar

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...
spot_imgspot_img

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro no pé. Ou melhor: é uma carga redobrada de combustível para fazer a máquina do racismo funcionar....

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a categoria racial coloured, mestiços que não eram nem brancos nem negros. Na prática, não tinham...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira (27) habeas corpus ao policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, réu por assassinato de Guilherme Dias...