Em São Paulo, assim que saiu o resultado das eleições, o estudante Antônio, de 15 anos, foi adicionado a um grupo de alunos que trocavam mensagens de ódio e preconceito, com citações nazistas. Ele reagiu e denunciou os ataques racistas que sofreu na escola.
O colégio é o Visconde de Porto Seguro, um dos mais tradicionais de São Paulo. Antônio e os outros adolescentes do grupo estudam na unidade de Valinhos, a 90 quilômetros da capital. A mensalidade custa até R$ 4 mil.
Tália, a irmã de Antônio estuda na mesma escola e, segundo a mãe, já foi alvo de preconceito de colegas. Desde os 6 anos de idade, ela sofre com atitudes racistas. Mas a garota pediu para a mãe não denunciar, com medo de represálias. Agora, a família decidiu compartilhar as histórias, depois do ato de coragem do irmão.
“As meninas sempre falavam que o cabelo dela era muito feio, era muito estranho. Que ela tinha cor de meninas pobres. E a última situação que aconteceu foi quando uma colega a chamou de escrava quando ela foi fazer um favor para a professora que tinha solicitado. Você receber uma filha em casa chorando e não poder fazer nada?”, conta a mãe, Thais Cremasco.
Repórter: Que tipo de providência a senhora tomou na época?
Thais: Expliquei para ela que eu teria que falar para a escola porque era uma coisa muito grave, e a escola entendeu isso como uma brincadeira de criança. Isso que foi dito para mim.
Agora, com o novo episódio de racismo, a mãe registrou um boletim de ocorrência. A polícia abriu uma investigação por injúria racial.
O porta-voz da escola diz desconhecer os episódios de racismo envolvendo Táila.
Veja a reportagem completa aqui