No último dia 21, jovens negros da periferia de Fortaleza (CE) fizeram um protesto em frente ao Ministério Público do Estado (MPE) do Ceará. O protesto, repleto de discursos e apresentações artísticas, denunciou o racismo das abordagens policiais na capital cearense.
Foto: Michel Victor/G1 Ceará
Nesta semana, um caso emblemático da perseguição dos negros pela Polícia Militar completou cinco anos. Rafael Braga, preso pela primeira vez por portar frascos de detergente e preso pela segunda vez por causa de um flagrante forjado, é um caso claro da seletividade penal do Brasil dominado pelos golpistas.
As intervenções dos manifestantes, que ocorreram em meio à leitura de poesias e à apresentações de rap, foram bastante incisivas em relação à perseguição que os jovens negros sofrem nas periferias de Fortaleza: “entrou em um ponto de saturação. Nós não queremos respostas, nós queremos não ser suspeitos. Dos casos de agressão e racismo, a maioria é no terminal do Siqueira, justamente uma das áreas mais pobres”.
A PM é uma máquina do Estado burguês para massacrar os trabalhadores e o povo negro. Por Isso, é necessário lutar pela dissolução da PM e o direito de autodefesa e de organização do povo negro.