Kamala Harris diz que está ‘honrada’ com apoio de Biden e que pretende ‘merecer e ganhar’ candidatura democrata

Declaração pública da vice-presidente é a primeira desde desistência surpreendente do presidente

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris - Foto: Getty Images

A vice-presidente Kamala Harris disse em uma declaração neste domingo que estava “honrada” por receber o apoio e endosso do presidente dos EUA, Joe Biden, que desistiu de concorrer à reeleição, e que pretende “merecer e conquistar” a indicação do Partido Democrata. E, apesar de não ter substituído automaticamente o presidente na corrida à Casa Branca, prometeu fazer “tudo o que estiver ao meu alcance” para unir o partido, o país e derrotar o ex-presidente Donald Trump, oficializado como candidato republicano na semana passada.

“Estou honrada com o endosso do presidente e minha intenção é merecer e conquistar essa indicação” disse Kamala durante sua primeira declaração pública desde o anúncio surpreendente de Biden. A declaração foi emitida pela equipe de campanha Biden-Harris, não pela Casa Branca.

Kamala também elogiou o que classificou como decisão “altruísta” e “patriótica” de Biden, afirmando que o presidente está fazendo “o que fez ao longo de sua vida de serviço: colocar o povo americano e nosso país acima de tudo”. O presidente vinha sofrendo pressão há semanas por parte de congressistas democratas, megadoadores de campanha e até da imprensa para que desistisse da corrida e “passasse o bastão”. As preocupações com a idade de Biden, sua saúde e acuidade mental se intensificaram após seu desempenho desastroso no debate da CNN, no fim de junho.

Além do apoio do presidente, a vice também recebeu o apoio do ex-presidente americano Bill Clinton e sua esposa e ex-secretária de Estado, Hillary. Em um comunicado, os Clinton afirmaram que farão “o que puderem” para apoiar Kamala. Apesar do apoio, ainda não é a candidata oficial pelo partido: os democratas são livres para escolherem outro nome, e a indicação ainda precisará ser formalizada na Convenção Nacional Democrata, marcada para agosto, em Chicago.

Com 59 anos, Kamala é a primeira mulher e a primeira pessoa negra e de origem asiática a ocupar o cargo de vice-presidente. Formada pela Universidade de Howard, fundada em Washington para acolher estudantes negros, Kamala orgulha-se da sua carreira profissional, que encarna o sonho americano.

A vice assistiu a uma onda de apoio crescer ao seu redor, tanto de correligionários, quanto nas redes, colocando-a em uma corda bamba: preparar-se para uma possível campanha — pesquisas recentes mostravam que ela tinha um desempenho melhor que Biden nas intenções de voto — e manter-se leal e firme ao lado de Biden. Ainda durante o debate, a vice, apesar de reconhecer que teve um “início lento”, defendeu o octogenário.

Antes mesmo do anúncio de Biden, Kamala tornou-se alvo favorito dos republicanos, que concentraram-se principalmente em seu histórico de imigração e deram a ela o nome de “Czar da fronteira”. Após o calamitoso debate em 27 de junho, Trump, de 78 anos, também voltou a atacá-la. Muito acostumado a encontrar apelidos para zombar de seus rivais, Trump a chamou de “Jovial Kamala” porque ela ri alto e sua equipe de campanha a descreve como esquerdista convicta.

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