Lançado o Grupo de Trabalho Relações Étnico-raciais e Decolonialidades (RERAD-FEBAB): um marco para a Biblioteconomia Negra Brasileira

No dia 31 de julho aconteceu um momento histórico para a Biblioteconomia Negra Brasileira: o lançamento do Grupo de Trabalho Relações Étnico-raciais e Decolonialidades, vinculado à FEBAB. Fruto da luta do movimento de bibliotecárias e bibliotecários negros brasileiros e da inclusão da Agenda 2030 pela FEBAB, o GT tem como objetivo “discutir e realizar ações em prol da promoção da diversidade étnico-racial, emancipação de povos em vulnerabilidade econômica, social e educacional por intermédio do acesso à informação e às bibliotecas, bem como refletir sobre a decolonização do ensino e prática em Biblioteconomia em solo brasileiro” (RERAD, 2020). Sua contribuição irá refletir na aplicação das Leis Federais 10.639/2003 e 11.645/2008, assim como as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Além disso, as ações do GT atendem aos Objetivos 3, 4, 5 e 10 da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas; abre espaço para discussões da Década Internacional de Afrodescendentes (2015-2024), também da ONU; está em consonância com as preocupações da International Federation of Library Associations and Institutions (IFLA), em especial, da Seção Serviços de biblioteca para populações multiculturais; além de pautar ações e estratégicas passíveis de parcerias com outros Grupos de Trabalhos e Comissões Brasileiras da própria Febab, em temáticas como Bibliotecas Prisionais, Diversidade e Enfoque de Gênero, Serviços para Pessoas Vulneráveis, Competência em Informação e Acessibilidade.

Estruturado por meio de um planejamento estratégico, o GT divide-se em cinco dimensões de trabalho: trabalhar com elaboração de materiais didáticos, formação para bibliotecárias e bibliotecários (e demais profissionais) sobre as relações étnico-raciais e decolonialidade, aplicação de estudos e ações regionais, criação de redes de profissionais e intervenção social. O Grupo está sob coordenação da Professora Ana Paula Meneses Alves e conta com os seguintes integrantes: Ana Claudia Borges Campos (Espírito Santo), Ana Cristina Xavier de França (Rio Grande do Sul), Angelita Garcia (São Paulo), Cledenice Blackman (Rondônia), Dávila Feitosa (Ceará), Edilson Targino de Melo Filho (Paraíba), Franciéle Carneiro Garcês da Silva (Santa Catarina), Jocélia Martins de Oliveira (Goiás), Leyde Klebia Rodrigues da Silva (Bahia), Marcio Ferreira da Silva (Maranhão), Priscila Rufino Fevrier (Rio de Janeiro) e Roberta Kelly Amorim de França (São Paulo).

As ações do GT podem ser acompanhadas pelas mídias sociais Instagram (https://www.instagram.com/gtrerad.febab/), twitter (https://twitter.com/RFebab) e no site da FEBAB para os GTs (https://www.acoesfebab.com/etnico)

 


+ sobre o tema

Cancela, sim. Cancela geral!

eu acho triste; aliás, acho humilhante ver intelectuais brancos se...

Quantas autoras negras você já leu?

Em tempos de quarentena, por que não aproveitar para...

Vamos falar sobre a hiperssexualização de corpos trans?

Em uma busca recente pela Internet, sobre esse termo,...

para lembrar

Transformação de sujeitos para uma sociedade igualitária

A construção de uma sociedade igualitária perpassa pela proposição...

Sobre Capital racial e abordagem policial

Dia 05 de agosto de 2018, aqui estamos mais...

O que aprendemos com as pretinhas da ginástica artística nessas olimpíadas

Que as Olimpíadas estão levando nossos nervos e resgatando...

Quantas professoras negras você já teve na universidade?

Quantas professoras negras eu já tive? Foi uma questão...

Ditadura militar e branquitude: o poder estampado no filme Marighella

“Eu assisto um filme e sei o poder que está por trás dele.”    Haile Gerima¹ A partir das palavras do cineasta etíope Haile Gerima, escrevo...

Agô – Samba e Ancestralidade ocupa a Caixa Cultural Brasília

O projeto recebe Nei Lopes, Mateus Aleluia, Fabiana Cozza, Glória Bomfim, Teresa Lopes, Filhos de Dona Maria e Afoxé Omô Ayo entre os dias...

A quilombagem cultural contemporânea das editoras afro-brasileiras

Em tempos que grande parte do jornalismo cultural brasileiro saúda o boom da chamada literatura afro-brasileira e, principalmente, da publicação de autorias negras pelas...
-+=