Lembrando Luiza Bairros – 12 de Julho de 2016

foto: seppir

Luiza Bairros nos deixou no 12 de julho 2016. Ela foi de tudo: ativista, professora, ministra. Gaúcha e baiana.

Luiza Bairros está para o movimento de mulheres negras como um peixe está para o mar. Ela é uma das vozes mais respeitadas quando o assunto é combate à descriminação racial. Além de professora universitária, coordenou projetos e programas de combate ao racismo institucional. Para ela: “O racismo tem muitas caras. Muitas vezes ele se disfarça, para aparecer mais forte depois”.

por Fernanda PompeuDia 12 de julho, completa 1 ano que Luiza Bairros tornou-se uma ancestral. Estamos sem sua presença física, mas sob a poderosa influência do seu legado. Por este motivo, nesta quinta-feira (13), às 18 horas, a Câmara Municipal de Salvador por meio do mandato do vereador Silvio Humberto, realizará uma sessão de homenagem intitulada Negras Mulheres, Femininos Poderes – Luiza Bairros, um Poder que Nos Move.

“Às vezes, sou assaltada por incontroláveis sentimentos de culpa por ter saído num momento tão delicado. Pra ti posso confessar: não tenho a fibra das grandes guerreiras, se continuasse aí acho que teria morrido. Não é exagero. Só senti o quanto estava esvaziada depois que cheguei aqui. Levou um tempo enorme para eu me recuperar emocionalmente desta experiência que vivemos nos últimos anos. ”

“Fundamentalmente as pessoas continuam separando as desigualdades raciais do racismo. Um dos resultados dessa separação é muito concreto: um formulador de política pública lê uma informação acerca da desigualdade racial e continua formulando a política pública do mesmo jeitinho que fazia antes de ter a informação. Para essas pessoas, das duas uma, ou o racismo simplesmente não existe ou é ele visto como um acidente na trajetória de uma pessoa negra. Outra falácia é acreditar que as pessoas negras com rendas mais elevadas não são discriminadas.”

“Racismo fica mais explícito diante da mobilidade social da população negra diz Luiza Bairros”

“O aparente crescimento da discriminação e do racismo é consequência do fortalecimento do segmento, e não do seu enfraquecimento. O movimento precisa estar à altura dessa tarefa que é o combate ao racismo e da discriminação racial e essa é uma tarefa que não admite pequenez”

“Luiza Bairros, Ministra do Seppir, pergunta: Se não inserirmos negros no ensino, onde estaremos em 2030?

Ministra da Seppir, Luiza Bairros, alertou que a não inserção da população negra gera custos para a sociedade e, segundo ela, os prejuízos do racismo já podem ser mensurados“. Se não fizermos um esforço de aumento de escolaridade dos nossos jovens e adultos jovens agora, principalmente os negros, onde e como estaremos em 2030?”

“Ministra Luiza Bairros destaca necessidade de promoção da igualdade racial em políticas para micro e pequenas empresas”

“É fundamental que as políticas para o setor sejam feitas com a marca da promoção da igualdade racial”. A opinião é da ministra da SEPPIR, Luiza Bairros, declarada durante café da manhã em que o ministro da Secretaria Nacional da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, fez uma apresentação da sua proposta de gestão à frente da pasta. O encontro quinta-feira (13/06), na Câmara dos Deputados, contou com a participação do presidente do SEBRAE Nacional, Luiz Barretto, além de diversas lideranças do segmento”

Luiza Bairros: População negra já não aceita passivamente o racismo

O aumento das manifestações de racismo registradas em situações do dia a dia é decorrente da insatisfação de uma minoria com o processo gradual de inclusão da população negra, atualmente em curso no Brasil. A análise é da ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros. “A presença das pessoas negras em lugares onde normalmente ou historicamente elas não frequentavam aumenta esse tipo de reação”

Ministra Luiza Bairros participa de encontro que discute violência contra jovens negros

Na abertura do encontro “Juventude Negra, Juventude Viva: Diálogos Governo e Sociedade Civil”, entre os temas discutidos está o Plano Juventude Negra, que tem o objetivo de reduzir os homicídios que atingem jovens negros em todo o país.

Luiza Bairros diz que evangélicos querem acabar com religiões africanas

A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, disse que os ataques às religiões de matriz africana chegaram a um nível insuportável. “O pior não é apenas o grande número, mas a gravidade dos casos que têm acontecido. São agressões físicas, ameaças de depredação de casas e comunidades. Nós consideramos que isso chegou em um ponto insuportável e que não se trata apenas de uma disputa religiosa, mas, evidentemente, uma disputa por valores civilizatórios”, disse ao chegar ao ato lembrando o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo.

LUIZA BAIRROS: Um discurso para ser lembrado (posse)

“É preciso evitar a armadilha de considerar que a limitada estrutura de um Ministério voltado para a proposição, articulação e coordenação de políticas públicas continue sendo o único espaço onde se aplicam as competências que construímos nos últimos anos”, lembrou.

Propositivo, quando considerou “fundamental a inclusão de profissionais experimentados no trabalho da igualdade racial nos quadros de pessoal de todos os Ministérios que tenham um papel evidentemente mais próximo a implementação das políticas públicas”.

Entrevista:Luiza Bairros

“O racismo continua sendo, no mundo todo, uma questão de poder”, ressalta ela. À frente da Sepromi, Luiza e sua equipe propõem e monitoram políticas públicas que visam assegurar e ampliar os direitos da comunidade negra. Algumas prioridades da Sepromi são combater a violência contra a mulher; criar projetos para negros e negras de geração de renda nas áreas urbanas e rurais; regularizar e dar título de terra para as comunidades quilombolas e incluí-las nos programas governamentais, garantindo estruturas como água, luz, e educação, saúde, cultura, esporte e lazer.

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