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    A importância da proteção de defensores e defensoras de direitos humanos 

    Ilustração/ Thaddeus Coates

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     A24 Studios/Reprodução

    O Homem Negro Vida

    A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala prepara seu discurso após ser nomeada, em sua casa de Potomac, Maryland. (Foto: ERIC BARADAT / AFP)

    A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala será a primeira mulher africana a dirigir a OMC

    (Foto: Divulgação/ Editora ContraCorrente) 

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    Lorena Lacerda (Foto: Reprodução/ Instagram @lorenlacre

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    Lucas Penteado (Foto: Reprodução/ TV Globo)

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    iStock

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      Família diz que menino morto no Rio foi retirado da porta de casa pela PM

      Foto: Diêgo Holanda/G1

      Perigo: ele nasceu preto

      Foto: Ari Melo/ TV Gazeta

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      Keeanga-Yamahtta Taylor (© Don Usner)

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      Ilustração/ Thaddeus Coates

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      Foto: @Artsy Solomon/ Nappy

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      Para o professor Muniz Sodré, a insensibilidade social alimenta a indiferença pelos negros (Foto: Léo Ramos Chaves/Revista Pesquisa Fapesp)

      “O negro é um cidadão invisível. Quando ele aparece, a violência aparece também”

      Vacinação contra a Covid-19 dos Quilombolas da comunidade Sucurijuquara, região isolada do Distrito de Mosqueiro, no Pará (Foto: FramePhoto / Agência O Globo)

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      Maíra Vida: Advogada, Professora, Conselheira Estadual da OAB BA e Presidenta da Comissão Especial de Combate à Intolerância Religiosa (Foto: Angelino de Jesus)

      Do crente ao ateu, não faltam explicações para o racismo religioso no Brasil

      Foto: Deldebbio

      Prefeito de Duque de Caxias é investigado por intolerância religiosa a crenças de matriz africana

      FÁBIO VIEIRA/ESPECIAL METRÓPOLES

      Após ser alvo de ataques transfóbicos e racistas, Érika Hilton irá processar 50 pessoas

      A parlamentar Laetitia Avia propôs a nova nova lei, enquanto o primeiro-ministro Jean Castex foi ridicularizado por seu sotaque (GETTY IMAGES)

      Por que a França pode criminalizar a discriminação pelo sotaque

      Adolescente de 16 anos foi espancada pelo pai por ser lésbica, na Bahia — Foto: Divulgação/Polícia Civi

      Adolescente é espancada pelo pai na BA e relata que motivo é ela ser lésbica; avó da vítima denunciou homem à polícia

      (Jonathan Alcorn/AFP/)

      Painel trata combate ao racismo como exercício de cidadania e justiça

      Imagem: Geledes

      Racismo Estrutural – Banco é condenado a indenizar cliente por discriminação racial

      GettyImagesBank

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        Chiquinha Gonzaga aos 47 anos, em 1984 (Acervo Instituto Moreira Salles/Coleção Edinha Diniz/Ciquinha Gonzaga)

        Negritude de Chiquinha Gonzaga ganha acento em exposição em São Paulo

        Edusa Chidecasse (Foto: Reprodução/ @tekniqa.studios)

        Websérie Bantus entrevista atriz angolana

        Itamar Assumpção/Caio Guatalli

        Itamar Assumpção para crianças

        Lula Rocha, expoente do movimento negro do Espírito Santo - Arquivo pessoal

        Morte: Agregador, articulou cultura e educação no movimento negro

        Chiquinha Gonzaga  Acervo Instituto Moreira Salles/Coleção Edinha Diniz/Divulgação

        Itaú Cultural abre a série Ocupação em 2021 com mostra dedicada à maestrina Chiquinha Gonzaga

        Vacinação contra a Covid-19 dos Quilombolas da comunidade Sucurijuquara, região isolada do Distrito de Mosqueiro, no Pará (Foto: FramePhoto / Agência O Globo)

        Covid-19: maioria da população, negros foram menos vacinados até agora

        Osaka comemora título do Austraçlian Open após vitória contra Brady (Foto: ASANKA BRENDON RATNAYAKE / REUTERS)

        Osaka conquista Australian Open e chega ao 4º título de Grand Slam

        Viviane Ferreira (Foto: Imagem retirada do site Glamurama)

        Cineasta Viviane Ferreira será a nova diretora-presidente da SPCINE

        Steve Granitz/WireImage

        Regina King interpretará a primeira congressista negra dos Estados Unidos

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              Machismo, confinamento e desemprego favorecem feminicídio, diz Lia Zanotta

              A especialista em direitos das mulheres e professora de antropologia da Universidade de Brasília (UnB) afirma que a legitimação da violência de gênero no Brasil no passado, ratificada pela legislação, traz, até hoje, reflexos para as relações e termina no pior cenário: o feminicídio

              05/01/2021
              em Violência contra Mulher
              Tempo de leitura: 7 min.

              Fonte: Correio Braziliense, por Jéssica Cardoso
              Lia Zanotta Machado (Foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

              Lia Zanotta Machado (Foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

              O ano começou com casos de violência contra a mulher. O Distrito Federal registrou quatro ocorrências relacionadas à Lei Maria da Penha. Durante a virada do ano, duas mulheres sofreram tentativas de feminicídios. Uma delas ficou sob a ameaça de uma faca até a chegada da polícia e a outra foi alvo de quatro disparos de arma de fogo, que não a atingiram. Nenhuma das duas ficaram feridas e os agressores foram presos em flagrante. A pandemia, o desemprego e especialmente o fator histórico, são algumas das causas que podem explicar o aumento do número de casos de violência por questões de gênero, segundo a especialista em direitos das mulheres Lia Zanotta Machado. “Você tem um sexismo estrutural enorme por causa da desigualdade de gênero na memória social e na memória jurídica. Era escrito em lei que as mulheres não valiam o mesmo que os homens. A ideia da desigualdade está instalada na cultura jurídica e leva muito tempo para desconstruir”, avaliou ela, que é professora de antropologia da Universidade de Brasília (UnB), em entrevista ao programa CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília. Confira os principais trechos da entrevista.

              No início deste ano, a gente, infelizmente, registrou no DF quatro casos relacionados com a Lei Maria da Penha em quatro dias. Existe algum fator que possa explicar o porquê de o ano já começar assim?
              Primeiro contribui essa violência doméstica, que vem historicamente no Brasil, com uma força muito grande. Depois, no momento, influi também a pandemia, que faz com que os familiares fiquem mais juntos, que os casais fiquem mais juntos. Então, há possibilidade de as brigas se tornarem agressões. O desemprego também tem a ver no sentido de que a violência contra a mulher tem uma causa histórica, que veio de uma memória social em que a desigualdade de gênero foi instalada. O poder pátrio é só masculino: os pais sobre as filhas, os maridos sobre as mulheres. É uma questão histórica. Na nossa história, bastava os homens desconfiarem de as mulheres terem alguém que eles podiam, sem ser culpados juridicamente, matá-las. Castigar fisicamente era admitido na nossa legislação. É neste sentido que a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio vêm fazer um corte. As situações fazem com que os agressores projetem, sobre a mulher, as coisas mais diferentes: uma briga fútil dentro de casa ou alguma coisa que ele traz de fora, como o desemprego que o faz sentir sem prestígio e fraco. Então, você tem momentos hoje difíceis de serem vividos, como uma pandemia, e dificuldades de ter alimento para colocar dentro de casa. E você tem no dia a dia uma doença crônica, terrível. O motivo (para a violência) é fútil, absolutamente sem sentido.

              Sobre a memória social, como mudar isso? Como fazer para desconstruir esse processo?
              É difícil. Por isso que eu digo que a legislação, a Lei Maria da Penha, teve uma capacidade de atingir a opinião pública. Sobre aquilo que todo mundo dizia que “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”, todo mundo começou a dizer que deve denunciar, apartar. Isso é o primeiro passo. A legislação fez efeito, mas o efeito tem que ser muito maior, ou seja, nós temos que modificar culturalmente as relações familiares, a percepção de parte dos juízes que não percebem a questão da violência da mulher e, portanto, acham que a culpa é dela. A grande pergunta que nós temos que fazer é: Como? Que absurdo é este que faz com que um homem agrida a mulher, queira matá-la? Se você olha o feminicídio, você vê aquela violência que é crônica e abusiva. Olhando um pouco a história do Brasil, tem um manual de confessores da época colonial que diz assim: “Cabe ao marido fazer obedecer a mulher e não cabe a mulher fazer obedecer o homem”. Ou seja, a ideia da desigualdade está instalada na cultura religiosa e jurídica e leva muito tempo para desconstruir. No entanto, os reforços são importantes, porque a opinião pública mudou. Isso não significa que tenha acabado o feminicídio, mas quando você olha sobre o outro, você projeta o que a maior parte da opinião pública diz: os homens não devem bater nas mulheres. Para mim, isso é um avanço. O segundo avanço é você ter as medidas protetivas quando deferidas. Se nós pensamos no Distrito Federal e nas capitais do Brasil, você tem uma maior quantidade de juízes que deferem medidas protetivas, mas, se você vai para cidades do interior, é muito mais difícil. Você até tem uma delegacia de atendimento à mulher, um juizado especializado, mas você tem ainda muito a fazer na aplicação da lei. Ainda falta muito. Você tem que colocar os agressores em grupos psicossociais. A deve ter uma relação com uma rede social de encaminhamento que seja do Executivo. Tudo isso nós precisamos para uma coisa que é um absurdo. A gente pode dizer que feminicídio existe no mundo inteiro, mas nós estamos lá na frente no número de feminicídios. O número de casos no Brasil é praticamente a mesma coisa dos homicídios dos dois sexos nos Estados Unidos. Quer dizer, aqui dá 4,8 por cem mil de mulheres mortas e lá você vai ter 5 por cem mil de homicídios. A gente pensa que os Estados Unidos é uma sociedade violenta só para ver o quão violenta é a sociedade brasileira contra as mulheres. Você tem um sexismo estrutural enorme por causa da desigualdade de gênero não só na memória social, mas na memória jurídica. Era escrito em lei que as mulheres não valiam o mesmo que os homens. Por isso, nós precisamos de legislação. Ela é eficiente, mas não o suficiente para o longo caminho que nós temos que fazer. E tinha que ser o mais rápido porque as mulheres estão sendo mortas.

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              21/02/2021

              O feminicídio causa muita comoção, mas às vezes se esquece da violência crônica, que está acontecendo todo dia. Isso é também algo que precisa ser destacado e pensado?
              Sim. É impressionante o que se pensa de agressões e xingamentos. Você tem determinados termos que você não fala porque você acha que a mulher é vagabunda, mas porque você sabe que, a chamando assim, você está fazendo com que ela seja indigna aos olhos dos outros. É todo um xingamento para acabar com a dignidade da mulher. Não existe um perfil do agressor, porque ele está em todas as classes sociais. Ele pode ser um trabalhador que não levanta a voz e nem bate em ninguém, só na mulher. E bate até matar. Ou pode ser um traficante que anda armado, desafia os outros homens. Esse é um problema porque não há um perfil. Agora, o que pode dar uma percepção de que você está no rumo de agressão maior é a repetição do xingamento da mulher, de dizer que ela não tem razão, que ela é ignorante. Se isso vai se repetindo, as mulheres têm que prestar atenção e ver que estão em um caminho da relação que pode ir para um desfecho terrível. Esse é o momento que não tem de ter vergonha de dizer que está com problema.

              Sobre a relação da violência contra mulher e a pandemia, quando foram anunciadas as medidas de restrição houve uma grande preocupação em relação ao aumento de casos, algo que aconteceu. Como é que foi isso e como a mulher pode se proteger?
              Houve algum aprimoramento em algumas capitais e aqui, no DF, no acesso a determinados links em que a mulher pode dizer que ela está em perigo e, portanto, fazer a denúncia on-line. Agora, sempre tem a dificuldade na hora que ela vai pegar um computador ou o celular, porque o agressor pode estar ali dificultando. São formas que você conseguiu abrir, mas que eu acho que não retiram a dificuldade maior das mulheres conseguirem ir à Justiça. Eu acho que, cada vez mais, elas precisam constituir as suas redes de defesa e irem adiante. Eu digo quase fazerem a autoanálise do risco, porque uma das novidades da aplicação da Lei Maria da Penha foi a proposta de fazer análise de risco. As mulheres devem fazer isso sobre a situação, porque às vezes é muito difícil. O homem que agride mora ao lado, é quem você ama, amou ou pode querer voltar a amar. Eu vi nas minhas pesquisas que, atrás de um homem protetor, pode ter um controlador. As mulheres escolhem um homem protetor e não sabem que, com ele, vem o controlador. A diferença é pequena entre a proteção e o controle. E isso, às vezes, não é visível, então, só tem um jeito: a análise do passo a passo das relações abusivas. Você acredita no seu marido, mas ele começou a te chamar de nomes para acabar com sua dignidade, te dá um empurrão, preste atenção! E como os homens podem controlar essa raiva? Se você fica com raiva de sua mulher por qualquer coisa, pense! Porque essa raiva é sua e não provocada por ela. Você tem que analisar e controlar essa sua raiva, ouvir a mulher, deixar que ela decida e dividir as decisões. Tudo isso o homem tem que aprender. O homem agride sem pensar, diz que perdeu a cabeça e depois se arrepende, mas não adianta se arrepender e perder a cabeça continuamente. Se ele faz isso continuamente, ela está no ciclo da violência. Então ele tem que aprender a ver e a puxar os freios.

              A senhora acha que falta, por parte do Estado, essa comunicação direta com os homens para impedir a agressão e para mudar essa visão deles?
              Com certeza. Eu acho que falta muitíssimo, porque você tem algumas campanhas, como a do laço branco, que é dirigida aos homens, mas você teria de ter políticas sociais que seriam, no meu ponto de vista, um centro de atenção social, além de centros específicos de violência. Você tem que cuidar para que os homens não sejam agressores. Para aqueles que vão para a Lei Maria da Penha porque foram denunciados pelas mulheres, a primeira coisa é dar as medidas protetivas para mulheres. Uma delas tem que garantir o afastamento do marido e a outra, que ele seja colocado em um grupo de reflexão psicossocial.

              Na semana passada, a Argentina aprovou uma legislação que tornou o aborto legal. Qual a importância de se debater e como isso se relaciona com a violência contra a mulher?
              Mulheres que fazem aborto clandestino, que são pobres, são negras, vulneráveis, elas morrem ou tem alta morbidade, que é um efeito colateral do aborto malfeito. Temos mortes, sofrimento e morbidades de mulheres. A possibilidade de você ter uma gravidez indesejada no Brasil é altíssima. Você não tem os anticoncepcionais necessários previstos no país inteiro. As mulheres precisam de vida digna e vivida. Os conceptos são uma coisa que pode se tornar pessoa, mas não dá para comparar.

              * Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer

              Fonte: Correio Braziliense, por Jéssica Cardoso
              Tags: feminicídiolei Maria da PenhaLia Zanotta Machadomachismopandemia
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              • Para fechar fevereiro, a coluna Nossas Histórias vem com a assinatura da historiadora Bethania Pereira, que nos convida a pensar sobre as camadas de negação da história do Haiti. Confira um trecho do artigo do artigo"O Pioneirismo haitiano nas lutas pela liberdade no Atlântico"."A partir de 1824, o presidente Jean-Pierre Boyer passou a oferecer terras e cidadania para os imigrantes exclusivamente negros, vindos dos Estados Unidos. Ao chegar no Haiti, as pessoas teriam acesso a um lote de terra, ferramentas e, após um ano, receberiam a cidadania haitiana. A fim de fazer seu projeto reconhecido, Boyer enviou Jonathas Granville como seu representante oficial para os Estados Unidos. Lá, Granville pode se reunir com afro-americanos de diferentes locais mas, aparentemente, foi na cidade de Baltimore, onde ele participou de reuniões na African Methodist Episcopal Church – Bethel [Igreja Metodista Episcopal Africana] e pode se encontrar com homens e mulheres negros e negras. Acesse o material na íntegra em: A Coluna Nossas Histórias é parceria entre a Rede de HistoriadorXs NegrXs, o Geledés e o Acervo Cultune #Haiti #Liberdade #Direitos #SéculoXIX #HistoriadorasNegras #NossasHistórias.
              • #Repost @naosomosalvo • • • • • • A @camaradeputados, o @senadofederal e o @supremotribunalfederal precisam frear a política armamentista da Presidência da República, que coloca em risco nossa segurança e nossa democracia. 72% da população brasileira é contrária à proposta do governo de que é preciso armar a população: precisamos unir nossas forças e vozes contra esses retrocessos! Pressione agora: www.naosomosalvo.com.br As armas que a gente precisa são as que não matam.
              • No próximo sábado, dia 27 de fevereiro, às 17h, as Promotoras Legais Populares- PLPs, realizam uma live para falar sobre ações e desafios durante a pandemia, no canal do YouTube de Geledés Instituto da Mulher Negra.
              • Abdias Nascimento, por Sueli Carneiro “Sempre que penso em Abdias Nascimento o sentimento que me toma é de gratidão aos nossos deuses por sua longa vida e extraordinária história fonte de inspiração de todas as nossas lutas e emblema de nossa força e dignidade. A história política e a reflexão de Abdias Nascimento se inserem no patrimônio político-cultural pan-africanista, repleto de contribuições para a compreensão e superação dos fatores que vêm historicamente subjugando os povos africanos e sua diáspora. Abdias Nascimento é a grande expressão brasileira dessa tradição, que inclui líderes e pensadores da estatura de Marcus Garvey, Aimé Cesaire, Franz Fannon, Cheikh Anta Diop, Léopold Sedar Senghor, Patrice Lumumba, Kwame Nkruman, Amílcar Cabral, Agostinho Neto, Steve Biko, Angela Davis, Martin Luther King, Malcom X, entre muitos outros. A atualidade e a justeza das análises e das posições defendidas por Abdias Nascimento ao longo de sua vida se manifestam contemporaneamente entre outros exemplo, nos resultados da III Conferência Mundial Contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância, ocorrida em setembro de 2001, em Durban, África do Sul, que parecem inspiradas em seu livro O Genocídio do Negro Brasileiro (1978) e em suas incontáveis proposições parlamentares.Aprendemos com ele tudo de essencial que há por saber sobre a questão racial no Brasil: a identificar o genocídio do negro, as manhas dos poderes para impedir a escuta de vozes insurgentes; a nos ver como pertencentes a uma comunidade de destino, produtores e herdeiros de um patrimônio cultural construído nos embates da diáspora negra com a supremacia branca em toda parte. Qualquer tema que esteja na agenda nacional sobre a problemática racial no presente já esteve em sua agenda política há décadas atrás, nada lhe escapou. Mas sobretudo o que devemos a ele é a conquista de um pensar negro: uma perspectiva política afrocentrada para o desvelamento e enfrentamento dos desafios para a efetivação de uma cidadania afrodescendente no Brasil, o seu mais generoso legado à nossa luta.” 📷Romulo Arruda
              • #Repost @brazilfound • • • • • • InstaLive Junte-se a nós para uma conversa com Januário Garcia, ícone da história do movimento negro no Brasil, enquanto celebramos o mês da história negra (Black History Month).⁠ ⁠ 📆: Terça-feira, 23 de fevereiro ⁠ ⏱: 18 hs horário de Brasília⁠ 📍: Instagram da BrazilFoundation (@brazilfound)⁠ ⁠ Fotógrafo brasileiro, Januário Garcia há mais de 40 anos vem documentando os aspectos social, político, cultural e econômico das populações negras do Brasil. Formado em Comunicação Visual, passou por prestigiados jornais e grandes agências de publicidade do Rio de Janeiro e é autor das fotos de álbuns icônicos de artistas consagrados. ⁠ ⁠ Januário participa de importantes espaços de memória, arte e cultura do povo negro; é co-fundador do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras, é membro do Conselho Memorial Zumbi e, atualmente, Presidente do Instituto Januário Garcia, um Centro de Memória Contemporâneo de Matrizes Africanas.⁠ ⁠ *⁠ #BrazilFoundation #mêsdahistórianegra #blackhistorymonth #januáriogarcia #brasil @januariogarciaoficial
              • Hoje é o dia nacional de luta por um auxílio emergêncial de 600 reais até o fim da pandemia! Fortaleça em todas as redes: #AuxilioEmergencial600reais #AteOFimDaPandemia #VacinaParaTodesPeloSUS Acompanhe os atos: https://coalizaonegrapordireitos.org.br/ato-nacional-pelo-auxilio-emergencial/
              • "As estratégias de liberdade desempenhadas pelos escravizados tiveram muitas dinâmicas. Em algumas oportunidades, era a carta de alforria o recurso daqueles que buscavam conquistar a saída da escravidão." Leia o artigo do historiador Igor Fernandes de Alencar, para a coluna
              • "Os ares colonizatórios destroem nossos pulmões. A população negra no mundo vem sendo asfixiada desde o processo de escravidão que mortificou as almas e os corpos do povo negro para dar “vida” a um novo modo de existência que podem ser compreendidos como mutações coloniais." Leia o Guest Post de Francélio Ângelo de Oliveira em www.geledes.org.br
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              Geledés Instituto da Mulher Negra

              GELEDÉS Instituto da Mulher Negra fundada em 30 de abril de 1988. É uma organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros por entender que esses dois segmentos sociais padecem de desvantagens e discriminações no acesso às oportunidades sociais em função do racismo e do sexismo vigentes na sociedade brasileira.

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