O samba enredo da Mangueira, atual campeã do carnaval carioca, para o próximo ano parece ter tudo a ver com estes tempos de crise e governo Temer. O título já diz tudo: “Só com a ajuda do santo”. O samba fala da religiosidade do brasileiro e as suas superstições para enfrentar o dia a dia. Com melodia forte e várias referências à mitologia do candomblé, “Só Com a Ajuda do Santo” é lindo e muito bem interpretado pelo Tinga, puxador da escola. Assista aqui o belo vídeo com a gravação do samba.
Fonte: Revista Fórum
Samba Enredo 2017 – “Só Com a Ajuda do Santo”
G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira (RJ)
Compositores: Lequinho, Júnior Fionda, Flavinho Horta, Gabriel Martins e Igor Leal
Intérprete: Tinga
O meu tambor tem axé, Mangueira
Sou filho de fé do Povo de Aruanda
Nascido e criado pra vencer demanda
Batizado no altar do samba
O meu tambor tem axé, Mangueira
Sou filho de fé do Povo de Aruanda
Nascido e criado pra vencer demanda
Batizado no altar do samba
Mangueira, eu já benzi minha bandeira
Bati três vezes na madeira
Para a vitória alcançar
No peito patuá, arruda e guiné
Para provar que o meu povo nunca perde a fé
A vela acesa pro caminho iluminar
Um desejo no altar, ou no gongá
Vou festejar com a divina proteção
Num céu de estrelas enfeitado de balão
É verde e rosa o tom da minha devoção
Já virou religião
O manto a proteger, Mãezinha a me guiar
Valei-me meu Padim onde quer que eu vá
Levo oferendas á Rainha do Mar
Inaê, Marabô, Janaína
O manto a proteger, Mãezinha a me guiar
Valei-me meu Padim onde quer que eu vá
Levo oferendas à Rainha do Mar
Inaê, Marabô, Janaína
Abriram-se as portas do céu, choveu no roçado
Num laço de fita a menina pediu comunhão
Bala, cocada e guaraná pro Erê
Meu padroeiro irá sempre interceder
Clareia, tenho um guerreiro a me defender
Firmo o ponto pro meu orixá (no terreiro)
Pelas matas eu vou me cercar (mandingueiro)
Mel, marafo e abô
Só com a ajuda do santo eu vou (confirmar meu valor)
O morro em oração, clamando em uma só voz
Sou a Primeira Estação, rogai por nós!
O meu tambor tem axé, Mangueira
Sou filho de fé do Povo de Aruanda
Nascido e criado pra vencer demanda
Batizado no altar do samba
O meu tambor tem axé, Mangueira
Sou filho de fé do Povo de Aruanda
Nascido e criado pra vencer demanda
Batizado no altar do samba
Mangueira, eu já benzi minha bandeira
Bati três vezes na madeira
Para a vitória alcançar
No peito patuá, arruda e guiné
Para provar que o meu povo nunca perde a fé
A vela acesa pro caminho iluminar
Um desejo no altar, ou no gongá
Vou festejar com a divina proteção
Num céu de estrelas enfeitado de balão
É verde e rosa o tom da minha devoção
Já virou religião
O manto a proteger, Mãezinha a me guiar
Valei-me meu Padim onde quer que eu vá
Levo oferendas á Rainha do Mar
Inaê, Marabô, Janaína
O manto a proteger, Mãezinha a me guiar
Valei-me meu Padim onde quer que eu vá
Levo oferendas à Rainha do Mar
Inaê, Marabô, Janaína
Abriram-se as portas do céu, choveu no roçado
Num laço de fita a menina pediu comunhão
Bala, cocada e guaraná pro Erê
Meu padroeiro irá sempre interceder
Clareia, tenho um guerreiro a me defender
Firmo o ponto pro meu orixá (no terreiro)
Pelas matas eu vou me cercar (mandingueiro)
Mel, marafo e abô
Só com a ajuda do santo eu vou (confirmar meu valor)
O morro em oração, clamando em uma só voz
Sou a Primeira Estação, rogai por nós!
O meu tambor tem axé, Mangueira
Sou filho de fé do Povo de Aruanda
Nascido e criado pra vencer demanda
Batizado no altar do samba
O meu tambor tem axé, Mangueira
Sou filho de fé do Povo de Aruanda
Nascido e criado pra vencer demanda
Batizado no altar do samba