O desafio de contar a história do negro no país pode ser vencido com a implementação do Museu Nacional da Memória Afrodescendente, em Brasília, prevista para dentro de três ou quatro anos. O museu será construído às margens do Lago Paranoá, em área de 65 mil metros quadrados cedida pelo governo do Distrito Federal. A Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, reuniu nesta quarta-feira, 27, pesquisadores e especialistas para discutir o assunto.
Na abertura do evento, a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação, Macaé Maria Evaristo dos Santos, defendeu a importância da preservação da memória brasileira.
“Precisamos trabalhar numa luta constante pela garantia do direito à memória e tradição. O museu poderá contribuir para a garantia do ensino da história e da cultura dos africanos e dos afrodescendentes, conforme determina a legislação”, ressaltou.
De acordo com o presidente da Fundação Cultural Palmares, Hilton Cobra, falta um órgão que tenha capacidade de expressar a relevância da negritude, em nível nacional. “Não existe uma nação rica e desenvolvida sem a preservação de suas matrizes culturais”, afirmou.
Segundo os organizadores do seminário, é necessário reunir vestígios e conhecimentos e construir um museu que seja capaz não apenas de relembrar, mas de atualizar o passado à luz dos desafios do presente. Assim, o museu não deverá ser apenas uma sede de visitação pública, mas, acima de tudo, um centro de referência que inclua finalidades educativas, culturais, científicas e recreativas.
Participaram também do evento a ministra da Cultura, Marta Suplicy, a ministra chefe da secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Barros, e o secretário chefe da Casa Civil do Distrito Federal, Swedenberger Barbosa.
Fonte: Planeta Universitario