Conhecida por sua voz poderosa e capacidade única de viver os sentimentos de cada canção, Elza Soares, 88, é uma figura grande demais para caber apenas em uma atriz. É por isso que o musical “Elza”, escrito por Vinícius Calderoni e dirigido por Duda Maia, desdobrou essa personagem em sete intérpretes.
Por Metro Jornal
A peça compila quase 40 faixas para narrar, de forma não cronológica, uma trajetória marcada pela resiliência.
Elza sofreu abuso do primeiro marido, com que foi obrigada a se casar aos 12 anos, penou com a vida nos morros cariocas e viu a opinião pública se voltar contra si quando Garrincha deixou a mulher para ficar com ela.
Além disso, perdeu quatro de seus oito filhos e sofreu preconceito por ser uma mulher negra, mas sempre se levantou.
Essa força é o que guia o musical, no qual Larissa Luz, Janamô, Júlia Tizumba, Késia Estácio, Khrystal, Laís Lacorte e Verônica Bonfim vivem Elza e os demais personagens.
Composta apenas por mulheres, a banda também reforça o caráter feminista da montagem, que tem arranjos de Letieres Leite e direção musical de Pedro Luís.
Serviço:
No Sesc Pinheiros (r. Paes Leme, 195, tel.: 3095-9400). De qui. a sáb., às 21h; dom., às 18h. R$ 50. Até 18/11.