“Feliciano está sendo mais hostilizado por ser evangélico que por sua declarações equivocadas”, declarou a ex-ministra, sobre o deputado do PSC e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara; segundo ela, o que se verifica é a substituição de um preconceito por outro; “Hoje, se tenta eliminar o preconceito contra gays substituindo por um preconceito contra religiosos”
A ex-ministra do meio Ambiente, Marina Silva, que está de passagem pelo Recife para fortalecer a coleta de assinaturas para viabilizar a criação do seu partido, o Rede Sustentabilidade, saiu em defesa do presidente da Comissão de Direitos Humanos, o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC). “Feliciano está sendo mais hostilizado por ser evangélico que por sua declarações equivocadas”, declarou Marina durante uma palestra realizada na noite desta terça-feira (14) para estudantes da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).
Segundo ela, o que se verifica ultimamente é a substituição de um preconceito por outro. “Não gosto como este debate vem sendo conduzido (em referência a questões como a legalização do aborto e o casamento homoafetivo). Hoje, se tenta eliminar o preconceito contra gays substituindo por um preconceito contra religiosos”, afirmou segundo o jornal Dirio de Pernambuco.
A palestra da ex-verde, que teve a “Democracia e Sustentabilidade” como tema, também abordou a crise mundial e suas consequências. “Não temos em quem se espelhar como modelo de como passar por uma crise civilizatória. Egito, Grécia e Roma passaram por essa crise e não conseguiram superar. A diferença é que hoje a crise da civilização envolve todo o planeta. Mas temos uma vantagem. Desconfio que eles não perceberam que estavam em crise e tentavam apagar o fogo com gasolina. Nós podemos evitar isso”, afirmou.
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Marina – por Sueli Carneiro