O jogador Mesut Özil anunciou neste domingo (22/07) que não pretende mais jogar pela seleção alemã. Veterano da equipe e um dos campeões da Copa de 2014, Özil anunciou a decisão em um longo comunicado, onde apontou que foi vítima de racismo e disse ter sido transformado em “bode expiatório” após o fraco desempenho da seleção na Copa da Rússia.
As maiores críticas de Özil foram direcionadas para o presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB, na sigla em alemão), Reinhard Grindel, um ex-deputado conservador que assumiu a chefia da federação em 2016. Özil apontou que “não iria mais continuar a ser um bode expiatório para a incompetência de Grindel e sua inabilidade para desempenhar seu trabalho adequadamente”.
Ele também apontou que o dirigente foi desrespeitoso com sua origem. Alemão de nascimento, Özil, de 29 anos, tem raízes turcas.
“Aos olhos de Grindel e seus apoiadores, eu sou um alemão quando ganhamos, mas um imigrante quando perdemos. Isso porque, apesar de pagar impostos na Alemanha, fazer doações para escolas alemãs e ganhar a Copa de 2014 pela Alemanha, eu ainda não sou aceito pela sociedade. Eu sou tratado como ‘diferente’.”