Participante do programa Mulheres Ricas Regina Manssur vê risco de aglomerações em shoppings “descambarem”

Após se declarar apavorada pela possibilidade dos rolezinhos representarem risco à segurança de frequentadores de shoppings, a advogada Regina Manssur, ex-participante do programa Mulheres Ricas, da Band, se colocou à disposição dos jovens para negociar com os governos a criação de espaços onde possam se reunir, apelidados de “rolezódromos”. Ainda sugere que o local seja batizado em homenagem à sua mãe, Marília Lima, falecida há três anos.

 

 

Regina Manssur, de vestido colado e curto, em Dubai,
o que lhe rendeu uma reprimenda de uma mulher local em plena rua.
“Depois disso, comprei dois lenços para me cobrir, voltei para o hotel e troquei de roupa”, conta

Regina evita se declarar contra os rolezinhos porque, por lei, não se pode impedir a entrada de qualquer pessoa em um lugar aberto ao público. “Se não for protesto, tudo bem. Não só shopping, mas qualquer lugar fechado não é lugar de protesto.”

Ela condena também a convocação para rolezinhos pelas redes sociais e diz que enxerga um enorme risco à segurança na reunião de participantes em grande número. “A aglomeração descamba. A aglomeração é perigosa. Por que existe Contru, Corpo de Bombeiros, saída de emergência, instrução de incêndio? Porque lugar fechado é perigoso”. Ela ressalta ainda que, como o shopping responde na Justiça por qualquer contratempo que ocorra em suas dependências, precisa evitar qualquer risco.

Além disso, Regina se preocupa com a possibilidade de os encontros atrairem baderneiros infiltrados. “Sou contra qualquer tipo de repressão. Agora, fazer baderna, pode ser no shopping, na rua, na praia, eu sou contra. E realmente me senti apavorada de existir uma baderna no shopping.” A possibilidade de intervenção policial, como aconteceu no shopping Itaquera no início de dezembro, é “pior ainda”, diz, por conta do risco de um lugar fechado virar “uma praça de guerra”.

Como solução para o problema, que envolve o impasse entre o direito de estar no shopping e o incômodo provocado a frequentadores e comerciantes pelo grande número de participantes dos encontros, Regina diz que pode ajudar a viabilizar a criação de um espaço para os jovens. “Se os jovens quiserem um galpão, eu vou atrás de um terreno para eles. Tive essa ideia agora. Estou à disposição, me comprometo a fazer uma reunião com eles, receber no meu escritório, falar com o prefeito, buscar subvenção e construir. Com a mesma celeridade que construíram um estádio para Copa, a gente constrói um rolezódromo e põe o nome da minha mãe.”

 

As notícias sobre os rolezinhos chegaram a Regina quando ela estava em viagem de férias que incluiu uma visita a Paris após uma passagem por Dubai. Ela chegou ao Brasil no último domingo (26), no dia seguinte ao protesto contra a Copa do Mundo, que terminou com um manifestante baleado em São Paulo. Frente à violência ocorrida nas ruas, sente falta do respeito ao cidadão, algo que a encantou nos Emirados Árabes. “Quando vim para cá, comecei a chorar de pena de mim e do brasileiro.”

Sem julgar a tradicional distinção de tratamento entre homens e mulheres nos países islâmicos, ela faz um paralelo entre o que viu em Dubai e o que costuma ver no Brasil. “Essa mulher (em Dubai), ela toma um metrô limpo, vai a um supermercado limpo, anda na rua sem ser assaltada e os filhos dela têm escola. Aqui, a mulher tem liberdade, mas ela apanha pra caramba em casa. Apanha do marido – tem a lei Maria da Penha -, ela demora cinco horas para chegar ao emprego e não tem onde deixar os filhos. Não sei o que é pior.”

O encanto não se restringe a Dubai. Regina elogia também a limpeza do metrô de Paris e diz que só não deixa o Brasil para não se distanciar dos quatro filhos e dez netos que moram aqui. E nem precisaria ir muito longe. “O Uruguai é uma maravilha. No Uruguai, a moda é deixar a casa aberta pra verem sua decoração. Meu sonho é morar no Uruguai.”

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Ultimo Segundo

 

 

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