Professor do Cotuca sofre ataques racistas e homofóbicos; Unicamp apura caso
Um professor de português do Colégio Técnico de Campinas (Cotuca), vinculado à Unicamp, foi alvo de mensagens racistas e homofóbicas deixadas por alunos em seu armário. Segundo reportagem do G1, colegas relataram que as ofensas contra o docente já vinham acontecendo há dias.
A direção do Cotuca e a reitoria da Unicamp informaram que estão analisando imagens internas para tentar identificar os autores dos ataques.
Pronunciamento da Unicamp
Em nota divulgada na última quinta-feira (20), a reitoria classificou o episódio como inaceitável:
“Atos dessa natureza são incompatíveis e absolutamente inaceitáveis no âmbito de uma comunidade que preza pela democracia, a diversidade e a convivência respeitosa entre seus integrantes.”
Casos anteriores de racismo na universidade
Este não é o primeiro episódio envolvendo manifestações de ódio na Unicamp. Em 14 de agosto deste ano, câmeras registraram um ex-aluno pichando muros, banheiros e mesas com símbolos de apologia ao nazismo. O autor foi responsabilizado apenas por danos ao patrimônio público.
Em 2016, estudantes do Núcleo de Consciência Negra da universidade realizaram uma manifestação visual com fotos de personalidades negras em resposta a pichações racistas no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH).
Providências anunciadas
A direção do Cotuca afirmou, em nota, que “um conjunto de ações de formação será intensificado pela Comissão Cidadã do Colégio, que conta com participação dos alunos, funcionários e professores”.
O colégio também destacou que está trabalhando em conjunto com coletivos estudantis para evitar novos episódios de violência e preconceito dentro da instituição.
Com informações do G1
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