Projeto que dificulta atendimento a vítimas de estupro será votado na terça-feira

Dani Costa Russo/Divulgação

Após divergências, o Projeto  de Lei que visa dificultar o acesso à interrupção da gravidez e ao auxílio prestado por profissionais de saúde às vítimas de estupro teve votação adiada para a próxima terça-feira

Por Jarid Arraes Do Portal Fórum

Na última quinta-feira (17), foi discutido na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) o Projeto de Lei 5069/2013, que visa dificultar o acesso à interrupção da gravidez e ao auxílio prestado por profissionais de saúde às vítimas de estupro. A matéria de autoria do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deverá ser votada na próxima semana após modificações feitas pelo deputado Evandro Gussi (PV-SP) adequando a proposta às terminologias do Código Penal.

Caso seja aprovado, o projeto pode fazer com que as vítimas de violência sexual precisem de uma comprovação do estupro para ter acesso ao aborto e ao atendimento gratuito no SUS. Uma grande quantidade de vítimas de estupro preferem não denunciar e essa exigência pode afastar ainda mais mulheres do atendimento, que é importante para identificar os agressores e proteger as vítimas contra doenças. Uma das medidas do atendimento é a oferta da pílula do dia seguinte.

A discussão será retomada na próxima terça-feira (22) às 14h30 na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

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