Orixás no terreiro sagrado do samba
O livro é uma narrativa sobre duas manifestações que sempre dialogaram: religiões afro-brasileiras e escolas de samba, segundo a jornalista e autora, Claudia Alexandre. A obra sugere um "olhar desfragmentado" sobre a presença das tradições de matrizes africanas em expressões culturais, que ajudaram a construir o que chamamos de identidade nacional. Vemos que, ao longo do tempo, o que era uma forma de perceber o mundo foi sofrendo rupturas provocadas por interpretações e ações hegemônicas. O que inclui o assombro da indústria cultural e as violências da intolerância religiosa. De qualquer forma, religar esses universos, tensionando o ambiente acadêmico e revisitando acervos das experiências negro- -africanas em diáspora, também nos revela novos caminhos para (re) escrever a História do Brasil a partir da história dos sambas e das escolas de samba. A autora, "devidamente" autorizada, adentrou a encruzilhada da Vai-Vai, um território negro paulistano onde reinam Exu, o orixá mensageiro, ...
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