Vai-Vai leva para o sambódromo a cultura hip hop e promete apresentação inovadora

Enviado por / FonteRede Brasil Atual

Escola de samba traz no tema deste ano a rua como espaço em disputa pela arte na cidade de São Paulo e celebra os 40 anos do movimento no Brasil

De volta ao Grupo Especial do carnaval de São Paulo, a escola de samba Vai-Vai levará para o sambódromo no desfile deste ano o enredo Capítulo 4, Versículo 3 – Da Rua e do Povo, o Hip Hop: Um Manifesto Paulistano. Desenvolvido pelo carnavalesco Sidnei França, o primeiro desfile do sábado, 10 de fevereiro, promete mostrar a rua como espaço em constante disputa pela arte na cidade – e celebra ainda os 40 anos da cultura Hip Hop no Brasil, completados em 2023, exaltando a arte urbana por meio de suas vertentes (DJ, MC, Break e Grafitti).

Sobre a integração do Hip Hop aos ensaios e eventos da tradicional escola da Bela Vista (ou “Bixiga”), o diretor de harmonia da Vai-Vai, Luiz Robles, afirmou ao portal SRzd que tem sido uma experiência incrível.

Tem hip hop no samba

“Fizemos uma verdadeira imersão no movimento Hip Hop para conceber este enredo e a troca tem sido valiosa. A comunidade abraçou o evento e temos tipo batalhas de rimas, slams, DJs e Mcs em nossos ensaios. Estamos vivenciando o enredo desde o lançamento e isso faz com que todo o projeto caminhe com mais naturalidade”, destacou o diretor.

Questionado sobre qual será a principal característica deste desfile que está sendo preparado, ele fez algumas citações e uma promessa: “Acredito que seja o conjunto. Como estamos vivenciando o enredo desde o início, o desfile será visceral, como tem que ser no Vai-Vai. Além de disruptivo e inovador. Preparem-se para algo inédito”.

Confira o enredo da Vai-Vai para este ano

Exposição em Brasília

O Hip Hop também está sendo homenageado em Brasília. A região administrativa de Ceilândia, é um dos principais centros do movimento no Distrito Federal. Por lá, com entrada gratuita, até 9 de fevereiro, a exposição “Peso – História do Rap” faz uma homenagem aos pioneiros do estilo musical e conta a história das periferias da capital federal. O Hip Hop é considerado Patrimônio Cultural e Imaterial do Distrito Federal.

+ sobre o tema

Angolanos e brasileiros pintam “resistência negra”

Artistas de Angola e  do Brasil  participam de 28 deste...

Idris Elba pode substituir Will Smith no próximo Esquadrão Suicida

Parte reboot e parte continuação, o longa terá direção...

“Afropessimismo” deve ser revisto após a Copa

Quando se fala em África, logo se pensa em...

para lembrar

UnB reúne escritores para debate sobre racismo e ‘democracia racial’

Evento conta com 11 autores da literatura negra brasileira Debate...

Dança ancestral: O balé Fareta Sidibé (dança da criação, no dialeto susu)

O balé Fareta Sidibé (dança da criação, no dialeto...

Time Flies (O Tempo Voa): Propaganda de Cape Town, South Africa

New Allan Gray advert entitled "Time Flies" from King...
spot_imgspot_img

Tia Ciata, a líder antirracista que salvou o samba carioca

No fim da tarde do dia 1º de dezembro de 1955, Rosa Parks recusou-se a levantar da cadeira no ônibus, para um branco sentar...

Documentos históricos de Luiz Gama são reconhecidos como Patrimônio da Humanidade pela Unesco

Documentos históricos de Luiz Gama, um dos maiores abolicionistas do Brasil, foram reconhecidos "Patrimônio da Humanidade" pela Unesco-América Latina. Luiz foi poeta, jornalista e advogado...

Diva Guimarães, professora que comoveu a Flip ao falar de racismo, morre aos 85 anos em Curitiba

A professora aposentada Diva Guimarães, que emocionou milhares de brasileiros ao discursar sobre preconceito durante a 15ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) de...
-+=