Em parceria com o Núcleo de Música do Itaú Cultural, shows são realizados no dia seguinte aos debates, com a presença dos convidados dos encontros ou relacionados ao tema; os selecionados pela chamada aberta, realizada a cada ciclo para que os artistas apresentem o seu trabalho no encontro, é divulgado no dia 4 de julho, pelo site do instituto
Mais uma etapa de discussões na série Diálogos Ausentes, idealizada pelo Itaú Cultural para discutir a presença afro-brasileira na produção artística nacional, é realizada no instituto no dia 13 de julho, às 20h. Os três encontros deste novo ciclo – um por mês, sempre em uma quinta-feira – abordam a temática do Negro na Música, e são realizados em parceria com o Núcleo de Música do Itaú Cultural. Desta vez, a música se junta ao debate. Às sextas-feiras, um dia depois do encontro, são realizadas apresentações musicais com os debatedores ou com artistas relacionados ao tema abordado. Todos os encontros têm mediação de Diane Lima, idealizadora do projeto AfroTranscendence.
Convidado para este primeiro debate, o músico e pesquisador Tiganá Santana traça um panorama histórico da representatividade do negro na música brasileira e discute sobre a produção de afrodescendentes no país. Um dia depois, 14 de julho (sexta-feira), às 20h, é apresentado o show da Filafro – Filarmônica Afro Brasileira –, sob direção artística e musical do maestro Josoé Polia. Esta formação executa um repertório que transita do erudito ao folclórico, com mais de 300 músicas arranjadas e orquestradas exclusivamente para ela.
Todos os meses, o Itaú Cultural realiza uma chamada aberta aos artistas, para que falem no encontro do Diálogos Ausentes sobre os seus trabalhos relacionados à música. O resultado dos selecionados para o encontro em julho será divulgado no dia 4, pelo site do instituto. Os debates têm interpretação em Libras.
Desde abril do ano passado, o Itaú Cultural vem realizando esta série com o intuito de analisar entre o público, artistas e especialistas a representação dos negros em uma área de expressão diferente, a cada três meses. No ano passado, o primeiro bloco de três encontros discutiu as artes visuais; na sequência, os debates foram sobre as artes cênicas – com foco no teatro – e, por fim, o audiovisual, sobre o olhar do cinema negro. Neste ano, também houve debate sobre o negro na dança e na literatura. O tema da música encerra a série deste ano em setembro.
Sobre Tiganá Santana
Nascido em Salvador, Bahia, Tiganá é compositor, cantor, violonista e pesquisador – e possui uma criação autêntica que inclui a concepção do seu próprio violão-tambor. O seu álbum Maçalê (2009) foi o primeiro registro fonográfico brasileiro de composições autorais em línguas africanas. The Invention of Colour (2013), muito bem recebido pela crítica internacional especializada, foi gravado na Suécia e o álbum duplo Tempo & Magma (2015) foi gravado no Senegal.
O músico compõe e canta em kikongo, kimbundu (línguas da Angola e do baixo Congo), português, inglês, espanhol e francês, e foi o primeiro compositor brasileiro a gravar canções em línguas africanas. Tiganá também é doutorando do Programa de Pós-graduação em Estudos da Tradução (Departamento de Letras Modernas) da Universidade de São Paulo (USP), com pesquisa em torno das sentenças proverbiais bantu-kongo trazidas à baila pelo pensador congolês Bunseki Fu-Kiau.
Reconhecido por sua sonoridade afro-brasileira de múltiplas formas, seus álbuns figuram entre os mais baixados principalmente no continente europeu, segundo o World Music Charts, mas também possui faixas das mais ouvidas em rádios norte-americanas, japonesas, australianas. Foi eleito um dos dez músicos fundamentais do Brasil contemporâneo pela revista inglesa Songlines e realizou diversas turnês internacionais e nacionais. Foi curador, ao lado da equipe do Itaú Cultural, da maior exposição já feita sobre a compositora carioca D. Ivone Lara. Produziu, ao lado do músico sueco Sebastian Notini, o álbum Mama Kalunga (título de uma de suas canções), da cantora Virgínia Rodrigues, que rendeu a ela o Prêmio de melhor cantora pelo Prêmio da Música Brasileira em 2016. Possui um livro literário publicado pela editora Rubra Cartonera, de Londrina, intitulado O Oco-Transbordo (2013).
Sobre a Filafro (Filarmônica Afro Brasileira)
A Filafro atua há mais de 18 anos mercado cultural, tendo neste período realizado mais de 60 concertos, 22 celebrações, premiações, condecorações e projetos no Brasil e no exterior: EUA, Argentina e Angola. Executa um repertório inédito, que transita do erudito ao folclórico com mais de 300 músicas arranjadas e orquestradas exclusivamente para ela. Possui um arquivo musical com mais de 80.000 partituras clássicas, jazzísticas, populares e etnomusicológicas e é reconhecida e premiada no Brasil e exterior. Eventos com a participação da Filarmônica – corporativos: Prêmio Atualidade Cosmética, Teatro Municipal de São Paulo, Centro Cultural Britânico Brasileiro, Auditório Araújo Vianna – RS, Teatro Alfa, Prêmio Raça Brasil 500 Anos, The Music of the Night, II CONAPIR, Sala São Paulo, Unidades do Sesc – São Paulo, Teatro São Pedro, II Festival de Inverno de Ilha Solteira e Uma Noite na Broadway. Artistas convidados: Carlinhos Brown, Billy Paul (USA), Alcione, Jair Rodrigues, Jamelão, Paula Lima, Simoninha, Margareth Menezes, Sandra de Sá, Beth Carvalho, Rappin’ Hood, Leci Brandão, Márcio Boezen, Quinteto em Branco e Preto, Max de Castro, Pedro Camargo Mariano, Carla Maués, David Marcondes, Ednéia de Oliveira, Dave Gordon (Trinidad Tobago), Estevão Maya-Maya, Joaquim do Espírito Santo, Robson Miguel, o Madrigal CantoVivo e Bruce Kevin Mack (USA).
SERVIÇO
Diálogos Ausentes – O Negro na Música
Mediadora: Diane Lima
Convidado: Tiganá Santana
Dia 13 de julho (quinta-feira), às 20h
Duração: 90 minutos
Classificação indicativa: livre
Interpretação em Libras
Show Filafro
Dia 14 de julho (sexta-feira), às 20h.
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: livre
Sala Itaú Cultural – 224 lugares
Entrada gratuita
Distribuição de ingressos:
Público preferencial: 2 horas antes do espetáculo (com direito a um acompanhante)
Público não preferencial: 1 hora antes do espetáculo (um ingresso por pessoa)
Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108
Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural: 3 horas: R$ 7;
4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 12.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.
Acesso para deficientes físicos / Ar condicionado
Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149 (Estação Brigadeiro do Metrô)
Fones: 11 2168-1776/1777