Torcedores do Athletico-PR são flagrados fazendo gestos racistas

Enviado por / FonteUOL, por Flavio Latif

O jogo entre Athletico-PR e Atlético-MG, que definiu ontem o campeão da Copa do Brasil, teve episódios racistas envolvendo a torcida mandante.

Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível identificar torcedores do Athletico fazendo gestos racistas em direção aos torcedores rivais na Arena da Baixada.

O torcedor de camisa vermelha lisa imita macacos repetidamente e aponta para o seu braço mostrando a cor da pele.

Este não foi o único caso de racismo na decisão de ontem que garantiu o título do Galo.

Outro vídeo, gravado por um torcedor do Athletico-PR, mostra uma mulher imitando um macaco dentro de um dos camarotes da Arena da Baixada para os próprios torcedores do Furacão.

A reportagem do UOL Esporte entrou em contato com a Polícia Civil do Paraná, que informou a instauração de um inquérito policial para investigar o caso. Além disso, diligências estão sendo realizadas para identificar os suspeitos e estabelecer a dinâmica do fato.

O Athletico-PR, por sua vez, publicou em seu site oficial uma nota dizendo que racismo é inaceitável e que o clube não medirá esforços para identificar os responsáveis. Leia o comunicado na íntegra abaixo:

O Athletico Paranaense tomou conhecimento, através de vídeos publicados nas redes sociais, sobre atos de racismo cometidos na partida de ontem (15), diante do Atlético-MG.

Racismo é inaceitável e, mais do isso, criminoso.

O clube não medirá esforços para investigar os acontecimentos, identificar os responsáveis e repassar todas as informações às autoridades competentes.

O apoio ao time antes, durante e depois do jogo de ontem (15) nos mostrou o verdadeiro significado do esporte. Os gestos de celebração, união e amor são a verdadeira alma do futebol. São eles que devem sempre prevalecer e servir como exemplo para a nossa sociedade”.

Segundo a lei 7.716/1989, o crime de racismo é quando alguém impede outras pessoas de exercer algum direito por “discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

A pena é de reclusão de três a cinco anos e se o crime for praticado contra um menor de dezoito anos a pena é agravada em um terço.

+ sobre o tema

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...

para lembrar

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro...

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira...

Promotor é investigado por falar em júri que réu negro merecia “chibatadas”

Um promotor de Justiça do Rio Grande do Sul é...
spot_imgspot_img

O pardo e o mal-estar do racismo brasileiro

Toda e qualquer tentativa de simplificar o racismo é um tiro no pé. Ou melhor: é uma carga redobrada de combustível para fazer a máquina do racismo funcionar....

Quem ganha ao separar pessoas pretas e pardas?

Na África do Sul, o regime do apartheid criou a categoria racial coloured, mestiços que não eram nem brancos nem negros. Na prática, não tinham...

Justiça manda soltar PM que matou marceneiro negro com tiro na cabeça na Zona Sul de SP

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu nesta quarta-feira (27) habeas corpus ao policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, réu por assassinato de Guilherme Dias...