União Africana lançou campanha contra casamento infantil em África

A União Africana lançou em Adis Abeba a maior campanha de sempre contra o casamento infantil, uma iniciativa com o apoio das Nações Unidas e em que Moçambique surge como um dos países mais afetados por este problema.

A campanha, lançada nesta quinta-feira e q ue terá a duração de dois anos, visa aumentar o reconhecimento do impacto negativo que o casamento infantil tem na vida das crianças e na sociedade.

Entre os 10 países mais afetados, nove são africanos: Nigéria (75%), Chade e República Centro Africana (68%), Guiné-Conacri (63%), Moçambique (56%), Mali (55%), Burkina Faso e Sudão do Sul (52%) e Malawi (50%).

“Este movimento liderado por africanos para africanos não deve parar até que todas as raparigas de todas as famílias e comunidades tenham o direito de chegar aos 18 anos antes de casar”, afirmou Martin Mogwanja, vice-diretor-executivo do Fundo das Nações Unidas para as Crianças (UNICEF), na cerimónia de lançamento da campanha.

Dados divulgados pela União Africana referem que uma em cada três raparigas africanas foi obrigada a casar-se antes de atignir a maioridade.

“O casamento infantil é acima de tudo uma grave ameaça às vidas, saúde e futuro destas jovens raparigas, além de uma quebra dos direitos humanos”, disse a Julitta Onabanjo, diretora regional do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA).

Além do UNFPA e da UNICEF, a campanha junta outros parceiros como a Fundação Ford, Comissão Económica das Nações Unidas em África, Save the Children, Plan internacional, Fórum Africano de Política Infantil (ACPF) e o Departamento de Desenvolvimento Internacional do Foreign Office.

Fonte: JN PT

+ sobre o tema

“Preciosas, bonitas e guerreiras” – empoderamento feminista das Pearls Negras

Antes que se fale a respeito do fenômeno Pearls...

Marcos Bagno: É presidenta, sim!

O Brasil ainda está longe da feminização da lín-gua...

Marcha das mulheres negras, a marcha que faz sentido

No dia 18 de novembro mulheres negras de todo...

Grupo NEGRAS da UFRB lança a segunda edição do Caderno Sisterhood

O Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero, Raça...

para lembrar

O aborto das escravas: um ato de resistência

“Enquanto o couro do chicote cortava a carne/ A...

Precisa-se: Um coral de vozes de mulheres negras

Tradução: “Need: A Choral Of Black Women´s Voices”- Audre...

STF derruba decisão de juiz que permitia prática da ‘cura gay’

Decisão da ministra Cármem Lúcia valida resolução do Conselho...

Olívia Santana é a primeira negra eleita como deputada estadual na Bahia

Formada em Pedagogia, pela Universidade Federal da Bahia (UFBA),...
spot_imgspot_img

Só sete estados têm leis específicas de proteção contra assédio sexual a servidores

Apenas sete estados contam com leis que visam ampliar a proteção contra assédio sexual de servidores. Nesses locais, os estatutos de profissionais públicos vão além do...

Mulheres afirmam que foram assediadas por Silvio Almeida: ‘Tive noção de que era algo grave’

O Fantástico, que entrevistou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, também falou com sete mulheres que acusam Silvio Almeida. Duas gravaram entrevista. Entre elas, a professora...

Salvador elege Eliete Paraguassu, primeira vereadora quilombola da cidade: ‘a gente rompeu a barreira do racismo’

Eliete Paraguassu (Psol) se tornou a primeira vereadora quilombola eleita em Salvador. A vitória foi desenhada neste domingo (6), no primeiro turno das eleições...
-+=