7 mulheres do rap brasileiro que você precisa conhecer

O rap nacional, no meu ver e ouvir tem tido uma ótima safra de mcs, as mina tem se imposto cantando letras fortes, quebrando a barreira do machismo,racismo e todo tipo de opressão que as mulheres sofrem.

por Anderson Hebreu, do Noticiário Periférico

Esta lista não é para mostrar as melhores e sim para mostra como tem mulheres boas no rap, e para o publico do rap ouvir mais as mina.pois alem destas 7 faltou uma pa de mina nesta lista como Karol de souza,Cris SNJ,Yazalu,Odisseia das flores,Preta Rara,D’Origem e outras.

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Amanda NegraSim

Amanda Cristina Silva dos Santos nasceu em Cotia, SP. Criada numa família que sempre valorizou a cultura negra, Amanda participava desde muito pequena da Congada de São Bendito, festa tradicional de Cotia, que foi trazida há 60 anos pelo seu tio, Benedito Pereira de Castro, o conhecido mestre Dito de Cotia. Que em toda festa do Divino de São Luiz do Paraitinga, interior de São Paulo, é conhecido tradicionalmente por junto do seu companheiro, o violão, cantar sambas tradicionais e composições próprias acompanhado pelo coro de moradores locais, membros de sua família e turistas.

A influência musical de Amanda permeia com tradições tipicamente brasileiras de cada região do País, como norte, nordeste e a cultura mineira, dado ao fato de ter uma família grande que migrou destas regiões. Isto refletiu positivamente em toda a sua percepção de música, literatura, poesia e costumes regionais.

Criada com a possibilidade de ter liberdade de expressão, desde muito pequena, participa de eventos culturais e tocava percussão geral na Fanfarra Regente Feijó, onde absorveu formação musical que ia desde a músicas clássicas ao samba de raiz.

Samba aliás, que vem desde a experiência uterina, pois sua mãe, cabelereira afro, foi dançarina e presidente do GRESMAC – Grêmio Recreativo Escola de Samba Municipal de Cotia. A família de Amanda sempre afirmou sua cultura negra, participando das histórias dos Bailes de Função (como eram chamadas as baladas Black). Mas foi sua prima Vanessa Sant’Anna que a apresentou à cultura Hip Hop. A cantora então, passou a escrever matérias sobre o Hip Hop para o jornal local da cidade, o Notícias Regionais.

A vivência no cenário Hip Hop a levou a outros caminhos, resgatando assim, a musicalidade presente em sua vida. O trabalho como repórter lhe rendeu convite para participar do grupo de rap OFL – Os fora da Lei, como baking vocal. Após, Amanda decidiu formar o grupo Impacto Feminino, e de lá para cá, vem trabalhando em parceria com muitos artistas, entre eles Gaspar do Z’Afrika Brasil, Tio Fresh do SP Funk, Rapadura e Gilmar de Andrade.

Mesmo com a agenda lotada, Amanda ainda faz parte de coletivos como Frente Nacional de Mulheres no Hip Hop, Família Ilícito, Hip Hop Mulher, Hip Hop Municipal de São Paulo, Movimento Hip Hop Cotia e Projeto Voz Feminina. A artista também atua como coordenadora do projeto Inverso Feminino no Núcleo Zumaluma, e como arte educadora no Projeto Mais Educação. Com personalidade forte, de mulher que luta e conquista, Amanda ainda faz parte do movimento de moradia em São Paulo, o MSTC.

Sempre acreditando que a música pode “salvar almas”, a cantora luta para que as pessoas tenham uma melhor condição de vida, e possam garantir seus direitos básicos, como alimentação, moradia e estudo. Neste contexto, o Hip Hop casa com a ideia de luta que idealiza, por ser um movimento de valorização à cultura de rua. Amanda Negrasim realiza shows com a DJ Simmone Lasdenas, além de apresentações especiais com o grupo Z’Áfrika Brasil e parceria musical com Diruajo e Lua Rodrigues. A cantora também participa da banda ‘Divas do Hip Hop’ no formato D’J e M’C, do ‘Mulheres Negras’ em parceria com Yzalú. Atualmente desenvolve o projeto ‘Feminina Periferia, um Pedaço da África’ juntamente com o coletivo ‘Herdeiras de Aqualtune’, que desenvolve ações para afirmação e divulgação da cultura preta e periférica através do Hip-Hop. Também participa do espetáculo ‘Terreiro Urbano’ da Cia Treme Terra.

O bordão: Vai segurando!!!, marca registrada da família Z’africana dá a tônica da vibração e autenticidade que a artista traz em seu trabalho. A artista o utiliza como canto de guerra sempre que vai se apresentar ao público. Dona de vocal potente, aliado à versatilidade musical, A M’C Amanda Negrasim surpreende nos palcos, pondo em xeque a suposta fragilidade feminina. Por onde passa contagia os fãs trazendo força, atitude e muita espontaneidade à Cultura Hip-Hop e a música popular brasileira.

 

Pamelloza

Pamelloza

Pamelloza, cantora e compositora paulistana influenciada pelo hip-hop, samba e outros ritmos urbanos de origem africana e indígena é nossa convidada neste programa.

“Em 1998 fui integrante de um grupo de rap chamado Aclive, formado por Bel Borges, Klaujah, Dane e Michele. Chegamos a gravar 4 faixas; os ensaios eram bem criativos e engraçados, e contávamos com o apoio de um grande amigo, MC, cantor e compositor Baboo. Ouve um tempo de pausa em minha vida, que fui viver e crescer para outras coisas. Mas existem coisas que não tem como fugir.

Em 2008 por força de um parceiro, o amigo Maurão, do Dub Killa, conheci o rapper e produtor musical Emerson Tripah e começamos a gravar no Estúdio Satori na Baixada Santista – SP. Esse início de trabalho com o Tripah abriu muitas portas. As coisas que escrevo, traduzo como um auto-retrato do que sinto, do que vivo, é como se eu estivesse falando pra mim mesma. Curto muito escrever sobre a força interior, natureza, tipo auto afirmação da fé, seja ela qual for.

O protesto é uma das coisas que acho que não dá pra abrir mão, porque de uma forma ou de outra ele conscientiza os ouvintes. Enfim, acho que todo compositor é meio lunático.”

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Issa Paz
Issa Paz, Larissa Pimentel Zamboni, nasceu em 92 e canta RAP desde os 12 anos.

Iniciou sua carreira gravando singles de maneira independente e caseira, publicando seus sons na internet. Aos 14 anos, ingressou no grupo Rimologia, do qual fez parte até Abril de 2015. Conciliando estudo, projetos e música, é formada em Marketing e possui formação profissional em Design e Webdesign.
Hoje mora na Zona Leste de São Paulo e é educadora no projeto socio-cultural Cine Rima Vida, lecionando oficinas de literatura e poesia, além de coordenar o projeto junto ao coletivo 3L.

Lançou seu primeiro trabalho solo em 2013: o EP Essência. Composto por 6 tracks e 1 faixa bônus.

Com o Rimologia lançou no começo de 2015 o EP Todosomos.

No momento trabalha no lançamento do seu novo trabalho solo, o álbum A Arte da Refutação.

Omnira

Omnira
Omnira é uma expressão yorubá para liberdade.Nome que Paty Treze e Juliana Sete escolheram para estampar seus ideais e vivenciar no rap.Compositoras,poetas e mcs desde 1999 e 2002 estão na cena do hip hop demarcando o espaço da mulher no cenário.

STEFANIE MC

STEFANIE MC
STEFANIE RAMOS, a MC com levada e métrica peculiar que se destaca não apenas por ser mulher negra no movimento Hip Hop, mas e principalmente pela sua qualidade musical. Nascida e criada em Santo André influenciada pela militância politica de consagrados grupos de rap dos anos 90, ela decide ousar e criar a sua versão da história em 1997. Participou de projetos de destaques como o grupo de rap “Simples” e o coletivo “Pau-de-dá-em-doido”. Abriu show de grandes nomes como Dela Soul, Talib Kweli, Pharmonck e Hieroglyfics. Gravou com referências do rap nacional como Max BO, Lurdes da Luz, Shirley Casa Verde, Carol (Realidade Cruel), Arnaldo Tifu e a MC espanhola Indie Style. Em 2012 foi convidada a reescrever “Rua Augusta” , música de grande sucesso do MC Emicida. Dividiu o palco com Mano Brown, Negra Li, Vanessa Jackson e Flora Matos no projeto “Brown Convida”. STEFANIE ROBERTA não parou por ai,deu sua contribuição para os projetos: “Celebrai só minas”, “Divas hip hop” e “ AZ Mcs”. Seu último trabalho “Perto de mim” foi produzido por Silvera e Sorry Drummer com participação de Mc Rashid e Tati Bispo Sua arte, sem rótulos é referencia e transborda atitude. Atualmente trabalha finalização do seu primeiro álbum solo.

Dory de Oliveira

Dory de Oliveira
Release…1985 uma guerreira a mais nasceu que tem seu próprio estilo grava ae DD sou eu… alguns anos dedicados ao cenário do rap nacional, militante do rap feminino com suas letras ousadas, criativas e inteligentes … O rap apareceu após ter visto um show do Rapper Xis em uma escola em seu bairro e logo pensou: “é isso que eu quero pra mim”!.. Conheceu o DJ Betinho que morava na Vila Brasilândia, e resolveram montar uma dupla DD e DJ Beto fizeram alguns shows e gravações juntos. E no decorrer desta trajetória entre um show e outro conheceu o grupo de rap DMN e logo foi convidada a fazer participações no cd do grupo, isso lhe rendeu bons shows e uma participação no vídeo clipe do grupo na música(talvez eu seja)… E nessa mesma época foi apresentada ao grupo de Rap Manifesto onde faziam parte o DJ Erick Jay (atualmente dj do programa manos e minas) e o Aliado Caffe, onde suas experiências musicais foram crescendo, fizeram juntos diversos shows dentro e fora de São Paulo…Recebeu uma proposta de gravar seu cd solo, pois gostariam de expandir bem mais as suas idéias e lançar um novo nome feminino no mercado do Rap. DD assim chamada popularmente vem marcando história, já foi MC do rapper XIS e do grupo DMN, Já se apresentou em vários lugares importantes como:teatro Elis Regina,SESC Pompéia,hip hop dj no clash,sesc Santo André,Studio SP,Céus, Parque Raposo Tavares,Casa de Hip Hop em Diadema, pátio de eventos de Itaquera,Virada Cultural,dança brasil,franco da rocha,Espaço Cultural São Matheus,fundação casa(antiga febem )Brasília, Minas Gerais, Porto Alegre,Santos, Americana, Campo Grande, escolas,igrejas,festas populares,no programa MANOS e MINAS da TV CULTURA,VEGAS,terraço,coco bongo,hip hop dj no MATILHA CULTURAL, participou do 3° encontro do hip hop mulher,hole clube,Fábria estudio,entre outros lugares…tem participações gravadas: DMN, Xis, Afro x, Verbo Verdade,irmandade negra,magoo do rap,causa polêmica,cb quartel general,familia justa causa,airon,z/n ap,Ricardo Qpam,entre outras…participou também do video clipe da rapper amanda negrasim na música:amor ao rap .e do documentário CIDADE IMPROVISADA,do curta – MULHER LÉSBICA E NEGRA,e Do clipe rap é o som do grupo Familia justa Causa… esta em estúdio gravando seu EP.


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Sara Donato
Produto bruto do interior, Sara Donato apresenta seu primeiro trabalho físico intitulado “Made in roça”. O nome surgiu quando um produtor paulistano sugeriu que a MC abandonasse seu sotaque na hora de rimar, contrariada pela proposta, Sara escreveu a faixa que deu nome ao disco. O propósito da sua primeira obra é fortalecer o movimento hip-hop no interior paulista de dentro para fora, mostrando que a cultura não está restrita apenas aos grandes centros, e as pequenas cidades também possuem um alto padrão de qualidade quando o assunto é Rap. O disco vem com 12 faixas. Nas canções Sara Donato aborda assuntos relevantes como a violência contra a mulher e sua importância na sociedade e também o cotidiano do seu bairro, desigualdades, crenças e religiões. ”Feito na roça, por nois memo pra fortalecer a cena made in roça, melhor vaza se só for pra fica na bota” ..

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