UOL estreia série ‘Preto à Porter’, um resgate da realeza negra

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Apesar de compor a maior parcela da população brasileira, a comunidade negra ainda não tem a mesma representatividade nos espaços de poder. Para ressaltar e resgatar a relevância de pretos e pardos na construção de todos os aspectos sociais, políticos e econômicos do Brasil, o UOL lança, na próxima terça-feira (24), a série “Preto à Porter”.

Ao longo de cinco episódios semanais, o público poderá acompanhar histórias, entrevistas, números musicais e performances relacionadas à existência negra, embaladas por uma música-tema inédita composta pelos Gilsons, banda musical formada por José Gil, filho de Gilberto Gil, além de Francisco Gil e João Gil, netos do cantor.

Dirigida por Rodrigo Pitta, em parceria com a MOV, a produtora de vídeos do UOL, e o coletivo de entretenimento internacional TEAM O!, a série mostra um recorte que batiza de “prisma do poder preto”.

Na definição do diretor, é uma série de pretos, com pretos, para gente de todas as cores. “São conteúdos que tocam em assuntos básicos da cultura negra, no passado, presente e futuro. Apesar de simples, são temas ignorados por grande parte da população brasileira branca e também de sua maioria preta”, diz Pitta.

"A falta de conhecimento implica na preservação do racismo estrutural que insiste ainda, com uma força gigante, em colocar os pretos em posições desfavorecidas. Parece que paramos no pós-abolição" - Rodrigo Pitta, diretor de "Preto à Porter"

Entre os temas do programa, estão a colonização brasileira, religiões de matrizes africanas, miscigenação, pretos em posições de poder e ancestralidade. Entre os convidados, famosos e anônimos dialogam em prol da transformação do pensamento da sociedade brasileira.

Vovô do Ilê, fundador do bloco afro do Carnaval de Salvador Ilê Aiyê, a ialorixá Nívia Luz, a atriz Elisa Lucinda, a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) e o cantor Gilberto Gil são alguns nomes que circulam entre os episódios, além de advogados, médicos, antropólogos, políticos, empresários e engenheiros.

Murilo Garavello, Diretor de Conteúdo do UOL, afirma: “Ao mostrar exemplos aspiracionais da cultura negra, Preto À Porter cumpre um papel importante de produzir visibilidade afirmativa para temas relevantes na sociedade, tudo a partir de um conteúdo original, com olhar brasileiro, e a qualidade editorial do UOL”.

Para dar conta da extensão do Brasil, a série se passa em algumas cidades, como São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro. E com o intuito de mapear a capilaridade da cultura negra, vai além das fronteiras brasileiras e também visita os Estados Unidos, além de trazer referências de Camarões e Senegal, dois países do continente africano com fortes ligações culturais no país.

A apresentação da série fica por conta do ator Hélio de La Peña, da empreendedora Neyzona (Loo Nascimento), do fotógrafo Roger Cipó e da historiadora Caroline Sodré.

Para Caroline, o diferencial de “Preto à Porter” é o formato e o tom da narrativa que os episódios carregam. “Não partimos da escravidão pra explicar nossa história, mas, sim, do nosso passado de realeza. Queremos mostrar nossa história sob outra perspectiva”, comenta em entrevista ao UOL. “Falamos de pretos no topo, mas o que acontece quando chegamos lá? Como foi nossa trajetória? Preto à Porter é sobre esse resgate, é sobre as nossas vitórias”.

Onde ver “Preto à Porter”

Com estreia no próximo dia 24 de agosto, às 11h, no Canal UOL, a série contará com episódios novos toda terça-feira.

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